Política Doadores
Deputada quer revisão na idade máxima de doadores de medula óssea
Segundo Denise Pessôa (PT), portaria reduziu para 35 anos a idade máxima para o doador, que antes era de 55 anos.
12/07/2024 13h11
Por: Marcelo Dargelio

A deputada Federal Denise Pessôa (PT/RS) sugere a revisão da faixa etária máxima estabelecida pela Portaria 685, de 16 de junho de 2021, que regula a identificação de doadores de medula óssea no Brasil. A deputada explica que a Portaria 685 limitou a faixa etária para cadastro no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME) entre 18 e 35 anos, reduzindo-a significativamente em relação ao limite anterior de 55 anos.

A justificativa para a alteração é que os doadores mais jovens apresentam maior chance de sucesso nos transplantes, com menores índices de complicações ou morte. Contudo, a deputada argumenta que apesar dos benefícios associados à idade mais jovem dos doadores, ampliar a faixa etária poderia aumentar significativamente o número de cadastros no REDOME. “Ao aumentar os cadastros, as chances de encontrar doadores compatíveis no país são ampliadas. Atualmente, a compatibilidade entre pessoas que não são parentes é estimada em 1 para cada 100 mil pessoas. Também é preciso avaliar que os cadastros permanecem ativos até o voluntário completar 60 anos e a doação pode ocorrer até que o doador complete essa idade”, afirma Denise.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o REDOME é considerado o maior banco de dados de doadores de medula óssea do país, com mais de cinco milhões de registros. Por isso, ela defende a revisão da idade. “O desenvolvimento do comportamento de compaixão, muitas vezes ocorre com a maturidade, o que poderia reduzir as desistências entre doadores mais velhos. É importante analisar essa possibilidade de voltar a ampliar a faixa etária limite para a doação”, finaliza ela.