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Plínio Valério critica criação de reserva ambiental na Amazônia

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), em pronunciamento no Plenário na terça-feira (2), criticou a criação de uma reserva ambiental destinada à prese...

03/07/2024 às 16h16
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado
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 - Foto: Pedro França/Agência Senado
- Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), em pronunciamento no Plenário na terça-feira (2), criticou a criação de uma reserva ambiental destinada à preservação do sauim-de-coleira, um dos 25 primatas mundialmente ameaçados de extinção, que só existe na Amazônia. O decreto da nova reserva foi assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em junho deste ano.

A área está localizada no município de Itacoatiara, próximo a Manaus. Segundo o senador, é equivalente a 15 mil campos de futebol. Ele disse que a região já mantém 97% de florestas preservadas. Plínio questionou as políticas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e criticou a atuação das ONGs na região. Para o senador, a criação de mais uma reserva é uma "estratégia para projetar uma imagem positiva do Brasil junto à comunidade ambientalista internacional".

— Será que todos os habitantes — humanos, é claro — que vivem nesses 15 mil campos de futebol, equivalentes a 15,3 mil hectares, foram consultados sobre a generosa concessão ao sauim-de-coleira? Houve realmente todo o protocolo, aconteceu a unanimidade que estão querendo em Autazes? Claro que não! Será que essa atitude do governo gederal não tem mais foco na imagem internacional do que verdadeiramente no sauim-de-coleira? — continuou o senador.

O senador alegou que “defende a preservação da fauna e da flora”, mas não concorda em “dar prioridade aos direitos dos primatas em detrimento dos direitos dos moradores da região”. Ele enfatizou que a medida terá um forte impacto sobre a agricultura local, já que os moradores terão de adaptar suas práticas às novas exigências ambientais.

— Vai acontecer o que aconteceu na Reserva Chico Mendes, em Xapuri, no Acre. Feita a reserva, os extrativistas e os moradores não gozarão de mais nenhum direito, não vão poder plantar, não vão poder colher, não vão poder criar; é isso que vai acontecer — disse.

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