Uma moradora de Bento Gonçalves conseguiu o direito de utilizar um medicamento raro que auxilia no combate ao câncer. O medicamento em questão custa mais de R$ 400 mil e ela precisou entrar na justiça para conseguir o remédio. A família aguarda ansiosa a chegada do medicamento.
Rejane Westerlund Bernardi, de 61 anos, foi acometida pela Leucemia Mieloide Aguda (LMA), que é um tipo de câncer que afeta as células mieloides na medula óssea. Na LMA, as células mieloides não se desenvolvem normalmente e se multiplicam de forma descontrolada, ocupando o espaço que deveria ser ocupado por células saudáveis na medula óssea.
O medicamento que Rejane precisa tomar é o Enasidenib (IDHIFA), que não possui registro na Anvisa, e é o único eficaz para o tratamento da mutação IDH2 das células que regeneram o câncer e fazem parar a mutação que ocorre nas células. O custo do medicamento é de R$ 453 mil e o tratamento precisa ser realizado por dois anos, somando assim, mais de R$ 10 milhões no total.
Desta forma, a advogada Mônica Casagranda Somensi entrou com um processo contra a União e o Estado para que ajude com os custos do tratamento e importe o medicamento e ganhou a liminar em primeira instância na justiça.“Tivemos a liminar deferida já em primeiro grau para que o medicamento fosse disponibilizado no prazo de 15 dias”, afirma a advogada. Rejane no momento, ainda não iniciou o tratamento, pois não possui o medicamento. “Cada dia sem o medicamento, aumenta o risco de deterioração irreversível da saúde da paciente e antecipa o óbito”, aponta Mônica.
Rejane Bernardi descobriu a leucemia mieloide aguda em 16 de novembro de 2022, quando iniciou as sessões de quimioterapia e passou muito tempo internada, chegando a passar por transplantes de células-tronco, sem sucesso, em novembro de 2023. Mesmo com diversos tratamentos, a doença retornou e hoje, Rejane já possui 38% de células cancerígenas e se encontra com complicações severas após os transplantes realizados. “Tenho uma mutação genética que contribui para a volta da doença, hoje me encontro na fila para um novo transplante, no Redome que é uma lista mundial”, afirma Rejane.
Após diversos tratamentos, a família de Rejane, já utilizou de todos os recursos que possuía para custear as internações e quimioterapias. A família tem tido um papel fundamental na sua recuperação, permanecendo unida e confiante na sua melhora, apesar da luta ser grande e longa. Para pagar os custos que ainda possuem, realizaram a abertura de uma vaquinha online, para a compra do medicamento.
A força existente na paciente e em sua família é de total importância neste momento crucial do tratamento, onde a fé em sua recuperação é impressionante. Para quem quiser ajudar Rejane Bernardi em seu tratamento, as doações podem ser realizadas através da vaquinha (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-tratamento-da-leucemia-mioide-aguda) ou pelo Pix ([email protected]) e cada doação irá ajudar a paciente a ter uma qualidade de vida melhor.
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