Cultura Nossa maior festa
Trajes de todas as soberanas contam 60 anos de história da Fenavinho
Essa exibição, que começa no dia 1º de julho e segue até o próximo dia 21, relembra uma parte importante da história da Fenavinho através das vestimentas – muitas das quais, parte dos bento-gonçalvenses sequer conhece.
29/06/2024 10h59
Por: Marcelo Dargelio

A exposição “Traje(tórias) Fenavinho” não é apenas uma mostra de vestidos envergados por 48 soberanas ao longo de quase 60 anos de festa. Essa exibição, que começa no dia 1º de julho e segue até o próximo dia 21, relembra uma parte importante da história da Fenavinho através das vestimentas – muitas das quais, parte dos bento-gonçalvenses sequer conhece.

A partir de um resgate histórico realizado pela estudante de Artes Visuais Julia Pasquali, a mostra ganha contornos inéditos ao reunir 31 vestidos espalhados por mais de dez pontos da cidade e ao revelar muito mais do que os trajes oficiais utilizados durante a festa por Imperatrizes do Vinho e Damas de Honra.

Logicamente, eles fazem parte da mostra. Mas “Traje(tórias) Fenavinho” traz à tona peças utilizada em escolhas de corte, trajes de inverno e de verão e até trajes de gala, da época em que a Fenavinho promovia bailes desse gênero. “Nossa ideia foi abranger o máximo de trajes possível, então, temos uma diversidade bem grande de vestidos, abrangendo desde 1967 a 2022”, diz Julia, também integrante da comissão de Vitrines da 19ª Fenavinho, que ocorre de 11 a 21 de julho, juntamente com a ExpoBento, no Parque de Eventos.

Para ela, a exposição também destaca a preservação da identidade histórica da Fenavinho. Um dos tesouros à mostra é o vestido utilizado pela primeira Imperatriz do Vinho da história, Sandra Guerra, em seu baile de coroação no Clube Ipiranga. “Esse zelo com a nossa história e a história da Fenavinho, principalmente, é algo muito bonito de se destacar, porque se não fosse por isso, a gente não teria essa exposição hoje”, afirma Julia. As vestimentas expostas, ainda, são um retrato da evolução da sociedade a partir da moda. Julia diz que isso é notório no traje de Sandra Guerra, quando a minissaia era coqueluche nos anos 1960. “Isso foi algo que revolucionou, imagina uma imperatriz usando um vestido acima do joelho! Percebemos a evolução não só dos trajes como da festa, cada traje foi articulado para representar algo que Bento e a Fenavinho pautavam na época”, percebe.

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Sendo assim, pulverizar a história da Fenavinho contada através das vestimentas em múltiplos locais é uma forma não só de aproximar ainda mais a festa de sua comunidade como de reforçar o envolvimento dela com o evento. “A intenção foi fazer Bento respirar a Fenavinho como era nas primeiras edições, quando a cidade inteira vivia a festa. Por isso, escolhemos pontos de grande circulação, para que as pessoas que estejam passando na rua, se deparem com a festa nos ambientes da cidade”.

Além de vestidos, pontos como a Piazza Salton vão exibir outros itens relacionados às cortes. As pessoas poderão ver coroas, joias e até sapatos. Uma forma, também, de exaltar a figura da mulher na construção da festa e da sociedade bento-gonçalvense. “A exposição não deixa de ser uma valorização e um agradecimento às meninas, moças e mulheres que passaram pela Fenavinho e deixaram sua marca”, diz Julia. 

 

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Serviço

O quê: exposição “Traje(tórias) Fenavinho”, com vestidos e itens das cortes da Fenavinho

Quando: de 1 a 21 de julho

Onde: lojas e shoppings da cidade

Locais da exposição já confirmadas: Loja Acervo A; Loja Open Moda Jovem; Loja Conceito AS; Loja Milan; Loja Mérito Italiano; Loja Carlize; Loja Couros do Valle; Loja Andreólio; Loja Portal Azul; Meriene Moda Intima; Shopping Bento e Piazza Salton

 

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