A prefeitura de Bento Gonçalves está empenhada em manter um radar geotécnico, avaliado em US$ 7 milhões (cerca de R$ 37,8 milhões), operando no município. O equipamento, instalado em Monte Belo do Sul e que, desde maio entre a subprefeitura de Faria Lemos e a ponte do Rio Pedrinho, na Linha Alcântara, na RSC-431, foi cedido pela Ground Probe com apoio de profissionais da mineradora Vale S.A. para avaliar áreas de deslizamentos. O governo do Estado anunciou que pagará a locação do equipamento por pelo menos seis meses.
Apesar da importância do radar, a Ground Probe solicitou a devolução do equipamento ou sua locação pelo município. A demanda foi apresentada ao governador Eduardo Leite, que sinalizou positivamente para a locação por meio de um convênio entre a administração municipal e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O custo de locação é de quase R$ 1 milhão por seis meses (aproximadamente R$ 166 mil por mês), enquanto a contratação por dois meses custaria R$ 822 mil. A prefeitura planeja locar o radar por quatro a seis meses, com suporte financeiro e técnico do Daer.
O radar tem desempenhado um papel crucial na segurança da comunidade de Linha Alcântara. No domingo (16), um alerta de possíveis desmoronamentos, baseado em dados do radar, resultou na evacuação preventiva de mais de 50 moradores. O monitoramento em tempo real foi essencial para o retorno seguro dos residentes e o fechamento temporário da RSC-431. Além de proteger moradores, o radar foi vital para as operações de busca por desaparecidos em Faria Lemos em maio. Outros dispositivos, como tiltímetros, piezômetros e um crack meter, continuarão à disposição do município.
A Ground Probe confirmou que manterá o equipamento e sua equipe em operação enquanto a contratação é formalizada. A prefeitura de Bento Gonçalves espera que a continuidade do uso do radar geotécnico fortaleça a segurança e a capacidade de resposta a desastres naturais na região.