O senador Izalci Lucas (PL-DF) criticou, em pronunciamento nesta quarta-feira (19), medida provisória que abre a possibilidade de intervenção federal para trocar a empresa de distribuição de energia elétrica do estado do Amazonas, a Amazonas Energia ( MP 1.232/2024 ). De acordo com o governo, a empresa não está conseguindo gerenciar o fornecimento de luz aos municípios de maneira adequada e está com alto endividamento. Izalci destacou que a edição da medida aconteceu dias depois de a Eletrobras anunciar a venda de 13 termelétricas a gás natural para a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, que pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista.
— É você, cidadão, cidadã, que dará imensos lucros, com seu suor, aos irmãos Batista, à JBS, aqueles investigados aqui, no Brasil, pela Lava Jato e em outros países por suas falcatruas. Eles serão os donos da energia no grande Norte do nosso Brasil, de acordo com a medida provisória enviada por Lula ao Congresso Nacional. [...] A transação, avaliada em R$ 4,7 bilhões, parecia inicialmente uma jogada comum no complexo tabuleiro do setor energético, mas, em um giro inesperado, o governo Lula editou uma medida provisória que, coincidentemente, beneficia diretamente a Âmbar.
Izalci também criticou licitação feita pelo governo federal para comprar arroz de outros países. Segundo o senador, 86% da colheita do Rio Grande do Sul já havia sido colhida antes das enchentes atingirem o estado.
— O governo fez uma licitação de R$ 7 bilhões de compra de arroz da China, da Tailândia, da Ásia. E quem ganhou a licitação? Uma empresa do Amapá que era um boteco, a Queijo Minas; um boteco de uma empresa que tinha um capital de R$ 80 mil ganhou uma licitação de R$ 376 milhões; uma outra ganhou uma de R$ 730 milhões. Aí cancelaram o edital, porque hoje tem rede social e todo mundo sabe de tudo. [...] Eu, que participei de todas as CPIs na Câmara e no Senado, vejo novamente aqui os mesmos procedimentos, os mesmos atores cometendo os mesmos problemas.
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