A Casa Estação da Luz, em Olinda, Pernambuco, tornou-se o epicentro de uma exposição que transcende o tempo e a geografia. O curador Rafael Antonio Todeschini, filho de bento-gonçalvenses, desvendou os segredos da obra de Alceu Valença e criou uma experiência imersiva que nos conduz pelas paisagens, ritmos e memórias do nordeste brasileiro.
Rafael, com sua formação em Comunicação Social, Antropologia, Arte e Filosofia, trilhou caminhos inesperados. Suas memórias se entrelaçam com os distritos de Faria Lemos e São Valentim, no interior de Bento Gonçalves, onde nasceram e cresceram seus pais, mas sua jornada o levou do Rio de Janeiro a Aracaju, onde sua família fincou raízes. “Sou um sergipano de pais gaúchos”, diz o artista, revelando sua identidade multifacetada.
Enquanto gerenciava as redes sociais de Alceu Valença, Rafael teve um encontro mágico com o próprio artista. A amizade que floresceu naquela noite abriu portas inimagináveis. Agora, Rafael contribui ativamente para a obra de Alceu, criando laços indissolúveis.
A exposição "Alceu Valença, uma geografia visceral nordestina" está na Casa Estação da Luz, em Olinda. Ela é uma ode à riqueza cultural do Nordeste. Mais de 200 objetos, entre fotografias, vídeos históricos e peças do acervo pessoal de Alceu Valença, compõem essa narrativa. Rafael Todeschini, nos últimos dois anos, liderou a equipe de pesquisa e assinou a curadoria dessa jornada.
A Geografia como Consciência Íntima: O título da exposição transcende o geográfico. O Nordeste é mais do que uma direção no mapa; é a essência da produção artística de Alceu Valença.
Um Imaginário Tradicional e Contemporâneo: A mostra celebra os mais de cinquenta anos de carreira de Alceu. Paisagens, ritmos, expressões, lugares, frutas e amores se entrelaçam em uma estética viva e contemporânea.
Rafael Todeschini, além de curador, é cineasta. Seu estúdio Oblíquo, é um portal para retratos poéticos e resgates culturais de todo o Brasil. Sua paixão pela arte e pelas histórias brasileiras é evidente em cada obra. O trabalho de Rafael retrata a naturalidade e o entusiasmo em reconhecer diversas artes e histórias brasileiras, retratos poéticos e de grande resgate cultural de diversos locais do Brasil.