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Famílias com pessoas autistas criam associação em Bento
Grupo Voz Azul será oficializado nesta terça-feira, 11 de junho, a partir das 19h, na Fundação Casa das Artes.
10/06/2024 16h43 Atualizada há 3 meses
Por: Marcelo Dargelio

O TEA, ou Transtorno do Espectro Autista, é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico, causando dificuldades na comunicação, na interação social e no comportamento. As crianças com TEA podem apresentar diferentes graus de comprometimento, desde casos mais leves até́ casos mais severos, que exigem mais cuidados e atenção. Bento Gonçalves, possui alguns projetos para o acolhimento de crianças e adolescentes com autismo, como o projeto Voz Azul.
Nesta terça-feira, 11 de junho, o grupo pretende oficializar a criação de sua associação. O evento acontece na Fundação Casa das Artes, a partir das 19h.

A criação da entidade tem como objetivo trazer mais inclusão e visibilidade para pessoas autistas dentro da cidade, principalmente as que possuem dificuldades em serem assistidas por instituições de saúde e centros sociais. A inicativa, que foi criada por mães de crianças autistas, já assiste mais de 193 famílias que, juntas, estão procurando auxílio de políticas públicas para manter o projeto. “Com o recebimento dos diagnósticos dos nossos filhos, várias mães foram se unindo para tomar força perante a sociedade e conscientizar a população bento-gonçalvense. Estamos sempre em movimento, buscando trazer alegria nos eventos como  da Semana do Autismo, Páscoa, Dia das Crianças”, relata Silvana Alves, de 36 anos, mãe de autista e que será a presidente da associação.

Em outubro do de 2023, foi inaugurado em Bento Gonçalves o Centro de Atendimento em Saúde (CAS) - Te Acolhe, voltado para o acolhimento de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. O programa é realizado através de convênio com o Governo do Estado, onde atualmente são atendidas 26 famílias no serviço, e desde o início das atividades, no início de dezembro, já foram realizadas 85 consultas. O serviço está em expansão e chegará a 150 pacientes atendidos de forma simultânea. Antes do início efetivo dos atendimentos clínicos, houve um período de treinamentos, reuniões, capacitações e organizações de fluxo de toda a equipe. “Iniciamos nosso trabalho na cobrança por monitores, médicos, neuropediatras e qualificação dos profissionais, Centro de Atendimento para as Terapias, e diversas outras pautas que foram surgindo em nossa caminhada. Realizamos diversas reuniões em muitos setores do Poder Público, como Secretaria da Educação, Secretaria da Cultura, Secretaria da Saúde, até mesmo reuniões direto com o prefeito Diogo Siqueira, e no Ministério Público”, revela Silvana.

 

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