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População deve priorizar vacinas para doenças relacionadas às enchentes

A Secretaria da Saúde (SES) reforça a importância da vacinação para a prevenção de doenças relacionadas à crise meteorológica que afeta o Rio Grand...

04/06/2024 às 18h06
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS
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Vacinação ocorreu também nos abrigos para atender afetados pelas chuvas -Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES
Vacinação ocorreu também nos abrigos para atender afetados pelas chuvas -Foto: Itamar Aguiar/Ascom SES

A Secretaria da Saúde (SES) reforça a importância da vacinação para a prevenção de doenças relacionadas à crise meteorológica que afeta o Rio Grande do Sul. A recomendação para este momento é priorizar as vacinas contra a influenza (gripe), Covid-19, tétano, hepatite A e raiva. A orientação segue o preconizado pelo Ministério da Saúde em conjunto com a SES e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS).

Desde o começo da crise, o Rio Grande do Sul recebeu mais de 1,5 milhão de doses para sete doenças diferentes. “É importante que a pessoa esteja com a vacinação em dia e receba as vacinas prioritárias, que previnem contra doenças que podem se tornar graves”, explica Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à SES.

As vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde dos municípios.

Quem pode se vacinar

  • Gripe (influenza)

Indivíduos a partir de seis meses de idade.

  • Covid-19

Indivíduos entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, de acordo com a faixa etária, para vacinação de rotina. A vacina também está indicada para grupos prioritários. Excepcionalmente, estão incluídos como grupos prioritários aqueles que se encontram em abrigamentos e socorristas profissionais e voluntários.

São grupos prioritários da vacina contra a Covid-19: pessoas de 60 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas; pessoas com comorbidades; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; gestantes e puérperas; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.

Tétano

Socorristas, população resgatada com ferimentos, gestantes abrigadas e puérperas até 45 dias pós-parto (caso não vacinadas durante o período gestacional) são considerados grupos prioritários e devem receber uma dose de reforço antitetânico se não tiverem sido vacinados contra o tétano nos últimos 5 anos, ou na indisponibilidade de verificação de registro vacinal. As vacinas com componente tetânico devem ser usadas de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Hepatite A

O Programa Nacional de Imunizações prevê a vacina contra o vírus da hepatite A em dose única no calendário de rotina para crianças aos 15 meses de idade. Caso a criança tenha perdido a oportunidade de se vacinar, ela pode receber a dose desde que ainda tenha menos de 5 anos (até os 4 anos, 11 meses e 29 dias).

A vacina para adultos não é disponibilizada de forma universal, devendo ser aplicada apenas em pessoas com condições clínicas especiais: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C; portadores crônicos do VHB; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV/aids; imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; doenças de depósito; fibrose cística (mucoviscidose); trissomias; candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; transplantados de órgão sólido (TOS); transplante de células-tronco hematopoiéticas (THCT); doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), cadastrados em programas de transplantes; hemoglobinopatias; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; gestantes em abrigamentos; bloqueio vacinal em caso de surto para população de 10 anos ou mais, em abrigamento, a partir de 2 casos confirmados laboratorialmente no mesmo abrigo.

Além disso, pessoas com mais de 40 anos que já tiveram a doença na infância têm imunidade para o resto da vida.

Raiva

A vacina antirrábica deve ser usada para profilaxia de pré e pós-exposição. Pré-exposição (PrEP) é indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus, durante atividades ocupacionais, como: médicos veterinários e outros profissionais que atuem constantemente sob risco de exposição ao vírus rábico (zootecnistas, agrônomos, biólogos, funcionários de zoológicos/parques ambientais e espeleólogos), estudantes de medicina veterinária e estudantes que atuem em captura e manejo de mamíferos silvestres potencialmente transmissores da raiva. Estão incluídas também pessoas com risco de exposição ocasional ao vírus, como turistas que viajam para áreas endêmicas ou epidêmicas com risco de transmissão de raiva.

Excepcionalmente, o Ministério da Saúde flexibilizou o público-alvo da profilaxia de pré-exposição antirrábica humana durante o período de calamidade pública no Estado, incluindo voluntários que estejam atuando em grupos de resgates a animais em locais atingidos por enchentes ou nos abrigos de animais.

Já a prevenção pós-exposição, nos casos em que não houve a pré-exposição, pode incluir uma série de doses da vacina e uso de soro antirrábico heterólogo ou imunoglobulina antirrábica humana, a depender do tipo de acidente de risco, e deve ser instituída o mais brevemente.

Doses de vacinas recebidas pelo Rio Grande do Sul desde 29 de abril

  • Antitetânica: 200.000 doses
  • Dengue: 31.540 doses
  • Hepatite A: 17.500 doses
  • Hepatite B: 106.000 doses
  • Raiva canina: 5.000 doses
  • Influenza: 1.000.000 doses
  • Covid-19: 190.400 doses

Calendário Nacional de Vacinação

O calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 20 vacinas que protegem o indivíduo em todos os ciclos de vida, desde o nascimento. Entre as doenças imunopreveníveis por elas estão poliomielite, sarampo, rubéola, tétano, coqueluche e outras doenças graves e muitas vezes fatais.

Texto: Ascom SES
Edição: Felipe Borges/Secom

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