Passado o primeiro mês do maior deslizamento de terras já registrado em Bento Gonçalves, quatro famílias seguem angustiadas em buscas de informações sobre o apradeiro de seus familiares. São quatro mulheres que ainda não foram localizadas desde o fatídico dia 1º de maio, quando foram registrados mais de 150 desmoronamentos no interior da Capital do Vinho. A tragédia deixou 11 mortos oficialmente registrados, mas não é descartada a possibilidade de mais vítimas, além das quatro desaparecidas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as buscas às desaparecidas continuam. Porém, para as famílias, a cada dia que passa a sensação de angústia só aumenta. O número de bombeiros atuando na ação já não é mais o mesmo. Muitos voluntários de outros estados já foram embora. Mas algumas equipes, juntamente com os bombeiros gaúchos, seguem o trabalho na imensidão de terra em busca de algum vestígio que possa indicar o paradeiro das desaparecidas. Os bombeiros também reduziram os comunicados. Desde a sexta-feira, 31 de maio, o comando do 5º Batalhão de Bombeiro Militar (5º BBM) decidiu que só soltará algum comunicado quando um dos corpos das desaparecidas for localizado.
Muitos familiares não perdem a esperança e seguem nas buscas em meio ao grande volume de terra que desfigurou a paisagem na localidade de Linha Alcântara, uma das mais atingidas pelos deslizamentos de terra em Bento Gonçalves. Eles procuram por Lourdes Helena Lazarini, de 71 anos, Nelsa Faccin Gallon, de 86 anos, Isabel Velere Antonello Gallon, de 69 anos, e Carine Milani, de 39 anos. Todas desapareceram nos deslizamentos de terra ocorridos no dia 1º de maio, no interior de Bento Gonçalves.
O trabalho incessante tem o apoio de máquinas retroescavadeiras e bobcats (miniescavadeiras), que fazem a movimentação de terra para facilitar as buscas dos bombeiros. Nem mesmo com a utilização de cães farejadores, a missão se torna mais fácil. São vários quilômetros de deslizamentos e há muita área a ser percorrida em busca das desaparecidas.
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