Só quem perdeu um familiar nas enchentes e deslizamentos ocorridos no Rio Grande do Sul sabe a dor que se sente. Em Bento Gonçalves, foram 11 mortos confirmados até o momento, um corpo ainda não identificado e quatro pessoas ainda desaparecidas. No meio de tanta dor, uma família resolveu homenagear os entes queridos perdidos na maior tragédia que assolou o Estado.
Uma das maiores tristezas vividas pela comunidade da Linha Alcântara, no distrito de Faria Lemos, interior de Bento Gonçalves, foi a perda de três integrantes da família Cobalchini. Artêmio, o Neco, de 71 anos, Ivonete, de 62 anos, e a filha do casal, Natália Cobalchini, de 27 anos, eram muito conhecidos naquela região. Eles morreram, quando a casa onde eles moravam foi levada por um grande deslizamento de terra no dia 1º de Maio. O vizinho deles, Mateus Tansini, de 55 anos, também perdeu a vida.
Neco Cobalchini tinha uma tenda que recebia dezenas de pessoas diariamente, na descida da RSC 431. Ao lado da tenda, local onde ocorreu a tragédia, familiares e amigos construíram um memorial para lembrar os Cobalchini. Uma fotografia da formatura em Direito de Natália, juntamente com os pais Artemio e Ivonete, foi emoldurada em um vidro. Uma cruz foi colocada no local, simbolizando a perda dos três familiares. Dezenas de flores decoram o espaço da homenagem.
Desde que foi criado no local do deslizamento, o memorial tem sido visitado por várias pessoas. Muitos realizam orações no espaço e lamentam o corrido com a família Cobalchini. Não há infomração se o memorial será mantido de forma definitiva ou ficará por um tempo determinado.
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