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Tatuagem do bem faz alerta para doenças

Elas são utilizadas para informar se a pessoa tem alguma doença crônica, alergia a medicamentos ou alimentos.

18/12/2019 às 12h55 Atualizada em 19/12/2019 às 13h17
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Tatuagens que trazem alertas sobre alergias, intolerâncias, doenças ou que cobrem cicatrizes recebem um nome bastante significativo: tatuagens do bem. Uma ação que registra na pele a condição que já acompanha a rotina de quem a vive.

O que são tatuagens do bem?

Determinar o início dessa campanha é um pouco incerto, mas as primeiras iniciativas registradas foram nos Estados Unidos, a partir de 2006, em que profissionais começaram a oferecer tatuagens sobre doenças a preços reduzidos.

Houve também o caso de David Allen, um tatuador que transformou o corpo de pacientes mastectomizadas em obras de arte, sendo um dos precursores e incentivadores de outros projetos semelhantes.

Há alguns anos surgiram movimentos de tatuadores que reconstruíram as auréolas de mulheres mastectomizadas. A repercussão foi tamanha que hoje há uma plataforma chamada P.ink.org para reunir tatuadores especializados em tatuagens após a mastectomia ou cirurgia na mama e conectá-los às pacientes.

As iniciativas, talvez, tenham sido inspirações para os outros movimentos que se estenderam pelo mundo e que, agora, começam a ascender, espalhando traços e cores de afeto.

Essas iniciativas motivam a participação de diversos estúdios e tatuadores independentes, que ajudam a tornar o mundo um pouco mais colorido  mesmo que a tatuagem seja apenas preta.

A iniciativa de aliar a arte de rabiscar a pele com a vontade de ajudar alguém fez nascer a campanha nacional “Tattoo do Bem”, que divulga tatuagens envolvendo desenhos ou frases alertando sobre a presença de alergias, intolerâncias ou doenças, cobrindo cicatrizes ou marcas na pele.

Para algumas pessoas, ter problemas de saúde, como diabetes ou alergias graves ainda pode ser uma condição difícil de lidar.

Dezenas de pacientes relatam que ainda preferem não falar sobre as doenças, seja pela dificuldade em aceitá-la, ou pela reação das outras pessoas. Sentir pena ou constrangimento perante às condições do outro pode ser bastante prejudicial.

Quando as tatuagens de alerta começaram a ganhar visibilidade, portadores de diferentes doenças entraram no projeto. Vale lembrar que cada projeto atende públicos diferentes e o objetivo das campanha é, geralmente, alertar sobre condições que possam colocar a vida do paciente em risco.

Entre os alertas tatuados, estão o uso de medicamentos anticoagulantes, a epilepsia, o HIV, o Alzheimer e hepatite C.

Por que fazer uma tatuagem de alerta médico?

As motivações são variadas, mas geralmente envolvem uma demonstração de boa convivência com a doença ou alergia, além de um cuidado em casos de emergência.

O melhor é nunca precisar usá-la como alerta ao médico, mas imagina se o paciente com alergia grave é hospitalizado inconsciente?

Antes mesmo da equipe fazer uma coleta de sangue, a tatuagem no braço avisando sobre a sensibilidade pode evitar uma série de complicações.

Quem pode fazer uma tatuagem do bem?

Basta digitar em uma rede social a hashtag #tattoodobem para descobrir dezenas de trabalhos e iniciativas que reforçam a afetividade.

Depois de tudo acertado, é hora de conversar com o tatuador ou tatuadora. Juntos, vocês irão escolher a arte e avaliar as possibilidades, principalmente se for a cobertura de uma cicatriz. Além disso, busque conhecer o trabalho do profissional para ver se o estilo e o traço se adequam ao que você deseja.



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