Geral Opinião
Uma carta ao Turismo de Bento Gonçalves
Rodrigo Ricieri faz sua estreia como colunista do NB Notícias trazendo uma mensagem importante para o setor que está sendo duramente afetado pela tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul
16/05/2024 11h32 Atualizada há 2 meses
Por: Marcelo Dargelio

Hoje furtei-me o direito de escrever algumas linhas acerca de nosso turismo, que mais uma vez sofre por conta da catástrofe que assola nossos dias e noites. O Turismo, por ser muito sensível, se torna um dos primeiros pilares a sofrer com a descrença em novos dias (melhores dias). Eu, como muitos que vivem disso há mais de 20 anos, já
passei por situações que fariam desistir os “menos fortes”. Sim, pois o turismo é para os FORTES! “Local onde quem não tem talento, que não se estabeleça”, como diria uma amiga.

Dito isso, não podemos deixar de rememorar que nossos imigrantes viveram sues sonhos iniciais em novas terras e se depararam com o medo, com a falta de comida e com o desespero emocional, junto de famílias inteiras. Tudo em nome da “Mérica”, que poderia ser simplesmente traduzida como NOVA CASA.

Isso não vai amenizar nem um pouco a dor que sentimos neste momento, mas nos deixa claro, que a força salutar de um povo aguerrido, consegue ultrapassar as fronteiras e chegar onde o bravo não foi. Com a mesma capacidade de tolerância aos infortúnios, seremos o exemplo de um novo Brasil, onde a palavra renascimento possuirá um novo sentido.

A reconstrução de nossa nova sociedade de orgulho gaúcha, será pautada no amor ao próximo e seremos exaltados em meio a guerra que foi travada contra a natureza. E falo da natureza humana, que não percebeu os sinais.

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Nosso novo Rio Grande do Sul, nunca foi tão nosso, como neste momento. Vamos tentar acalmar os rios e, com fé, seguir rumo ao farol que ilumina o caminho e cria ponte sobre as águas. Não falo de engenheiros. Falo de Deus! Ele é o nosso esteio em meio à tempestade.

O desabafo em letras é para deixar claro, que, muitas mentes estão como eu, pensando em como seremos depois disso. Não sabemos! Mas aos amigos que vivem do turismo, um alento nos define. Somos talentosos, cheios de história e com a força de trabalho que adentrou a terra com suas mãos férteis. A terra permitiu e abriu as suas entranhas para nossas mãos fecundadoras. Ela não nos abandonará.

Ao turismo sensível eu desejo toda a criatividade do mundo e que novos talentos possamnascer dessa adversidade. “Mostremos valor, constância. Nesta ímpia e injusta guerra”. Os olhos do mundo se voltaram para nós e juntos daremos uma lição para o mundo. Que em definitivo: o melhor do Brasil é o brasileiro.

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Meu carinho à todos os guias de turismo, agentes, hoteleiros, empreendimentos, que fazem essa roda de orgulho e beleza girar.