No início da noite deste domingo, 12 de maio, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a interdição total da ponte sobre o Rio Caí, localizada no km 174 da BR-116/RS, uma crucial via de ligação entre as cidades de Nova Petrópolis e Caxias do Sul. A decisão de fechar a ponte para veículos e pedestres veio após a identificação de riscos significativos de cedência das pilastras e a aparição de fissuras na pista, além de um espaçamento preocupante entre os apoios da estrutura.
Os técnicos do DNIT estiveram no local para avaliar os danos, e o trecho foi devidamente sinalizado. Contudo, a situação se agravou com a nova cheia do Rio Caí, que atingiu 6 metros acima do seu nível normal, exacerbada pelas chuvas intensas que têm assolado a região e devem continuar até a segunda-feira, 13 de maio.
No início da noite, a estrutura da ponte sucumbiu ainda mais quando o pilar central, já fragilizado por uma rachadura detectada mais cedo, cedeu completamente. Moradores locais, alarmados com o colapso, enviaram imagens que confirmam a severidade do incidente.
Este desabamento representa um golpe duro para a conectividade na Região das Hortênsias com a Serra Gaúcha, interrompendo a principal rota entre estas áreas. Além disso, a VRS 843, entre Linha Nova e Feliz, que servia como uma rota alternativa durante o fechamento da BR-116 devido a deslizamentos anteriores, também está inacessível desde o dia 2 de maio, quando outra ponte foi levada pelas águas do rio na localidade de Picada Cará, em Feliz.
A situação crítica levou moradores e autoridades a discutirem medidas imediatas. Uma moradora de Vila Cristina expressou a urgência da situação: “É inacreditável que isso tenha acontecido na ponte aqui da BR-116. Vamos ter que criar uma mobilização e reconstruir essa ponte com a máxima urgência. O Vale e a grande Porto Alegre simplesmente não têm mais ligação com Caxias do Sul”.
O fechamento desta ponte e a falta de rotas alternativas colocam pressão significativa sobre as comunidades locais e as autoridades, que agora enfrentam o desafio de restaurar o acesso o mais rápido possível, enquanto garantem a segurança dos moradores diante das contínuas condições adversas. As equipes de emergência continuam monitorando a situação e coordenando esforços de resposta às inundações e aos danos estruturais causados pelas chuvas contínuas.