Moradores da Linha Cruzeiro, localidade rural de Bento Gonçalves, enfrentam uma situação crítica após as recentes chuvas torrenciais que assolaram a região. A única estrada, que já é de difícil acesso em condições normais, agora se tornou intransitável para veículos de pequeno porte devido ao acúmulo de lama e detritos. A única rota alternativa que permitia a saída dos moradores era através da propriedade da Associação Bento-gonçalvense Cultura Tradicionalista Gaúcha (ABCTG). Contudo, esta opção foi bloqueada após o presidente da entidade decidir fechar o acesso com um cadeado, alegando questões técnicas de segurança. Tal decisão deixou diversos residentes isolados, sem poder sair de suas propriedades para atividades essenciais como trabalho e compra de mantimentos.
De acordo com o empresário Idamar Mecca, a falta de acessibilidade tem gerado um crescente sentimento de preocupação entre os moradores do Vale dos Imigrantes, na localidade de Linha Cruzeiro. Com as chuvas, uma equipe da prefeitura chegou a arrumar um lado da cabeceira da ponte, porém no lado que sai das residências, formou-se grandes crostas de barro, impedindo que veículos de pequeno porte consigam passar pelo local. Na manhã deste sábado, 11, o poder público encaminhou uma carga de brita para o local, porém, os moradores teriam que fazer o trabalho de arrumar a estrada, pois as equipes estão concentradas trabalhando na abertura de estradas no distrito de Faria Lemos.
Além dos problemas imediatos de mobilidade e suprimentos, a questão da segurança também preocupa a comunidade. Com o fechamento do acesso alternativo, os moradores se sentem ainda mais vulneráveis a emergências médicas e outras situações críticas que requerem assistência rápida. "Há pessoas idosas no local e, caso aconteça alguma emergência, elas não conseguem sair", destacou Mecca.
A reportagem do NB Notícias tentou contato com o presidente da ABCTG, mas não obteve retorno. Na página do Facebook da entidade há um comunicado de que após fiscalização estrutural da ponte da entrada principal do Parque da ABCTG, em seu laudo técnico, um engenheiro da prefeitura determinou a interdição da passagem, ressaltando a viabilidade de reparos de contenção na estrutura, para posterior liberação.
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