A Brigada Militar, por mieo da Patrulha Ambiental (Patram) de Lagoa Vermelha, realizou um resgate singelo mas significativo nesta sexta-feira, 26 de abril, atendendo ao chamado de um morador de Muliterno, no interior do Rio Grande do Sul. Um Gato-maracajá, espécie nativa da região e conhecida por sua beleza e agilidade, foi encontrado à beira de uma estrada, com suspeitas de ter sido vítima de atropelamento.
Apesar do choque, o felino não apresentava lesões aparentes. A equipe da Patram agiu prontamente, resgatando o animal e levando-o ao Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo para receber cuidados especializados.
O Gato-maracajá (Leopardus wiedii) é um felino de médio porte, nativo das Américas Central e do Sul. É conhecido por sua pelagem distintiva, que apresenta um padrão de manchas alongadas, semelhante ao de um leopardo, embora o animal seja significativamente menor. Esta espécie habita uma variedade de ambientes florestais, desde florestas tropicais até áreas mais áridas. Está adaptado para uma vida principalmente arbórea e é um predador notável, que caça pequenos mamíferos, aves e répteis.
O episódio em Muliterno chama a atenção para a frequente ocorrência de atropelamentos de fauna silvestre, um problema ambiental que afeta diversas espécies, muitas delas em risco de extinção. Além de revelar o impacto humano sobre o habitat natural, destaca a importância de iniciativas de preservação e cuidados com a fauna local.
O resgate do Gato-maracajá não é apenas uma boa notícia para a comunidade ambiental; representa também a conscientização sobre a coexistência com a vida selvagem e a responsabilidade compartilhada na proteção de espécies nativas. A ação rápida e cuidadosa dos oficiais da Patram e dos profissionais do Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo são exemplos de dedicação e respeito à biodiversidade do Rio Grande do Sul.
A situação do Gato-maracajá ainda será monitorada pelos veterinários, com a esperança de que possa se recuperar completamente e, idealmente, ser reintroduzido em seu habitat natural. Este incidente reforça a necessidade de dirigir com mais cautela nas estradas rurais, especialmente em regiões com presença conhecida de vida selvagem.
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