A cidade de Bento Gonçalves está passando por uma fase de implementação de uma política rigorosa de gestão do esgoto, visando melhorias significativas na qualidade de vida e no meio ambiente. Com a finalização de novas redes de esgoto, a Companhia Riograndense de Saneamento (Aegea/Corsan) inicia um processo detalhado para garantir que todos os moradores se conectem ao sistema. O problema está sendo o custo deste trabalho, que pegou os bento-gonçalvenses de surpresa, com o valor salgado que está vindo nas contas de água.
De acordo com a Agea/Corsan, inicialmente, a companhia realiza um trabalho intensivo de comunicação com a população para informar sobre a conclusão da rede de esgoto. Esse processo inclui visitas técnicas aos moradores, nas quais são explicadas a importância da conexão dos imóveis à rede e as etapas necessárias para realizar essa ligação. Após essas visitas, os residentes recebem uma notificação oficial, por carta, instruindo-os a proceder com a interligação de suas casas à caixa de calçada e a comunicar a Corsan assim que concluírem.
A cobrança da taxa de esgoto começa após um prazo de carência, que é concedido para que os moradores tenham tempo suficiente para se adaptar. O valor da taxa de esgoto é calculado em 70% do valor do consumo de água registrado na conta do morador. Quanto mais rápida a interligação e comunicação com a Corsan após a notificação, maior será o período antes do início da cobrança e maiores os descontos aplicáveis durante o início do serviço. Por exemplo, um consumidor que pagava R$ 550,00 em sua conta de água, passará a pagar em torno de R$ 935,00.
O tratamento de esgoto não só contribui para a erradicação de doenças e o aumento da qualidade de vida, como também melhora os indicadores de saúde pública, preserva o meio ambiente, estimula o turismo e reduz custos em saúde pública. Atualmente, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Barracão já está em funcionamento, processando efluentes de residências em partes dos bairros Santo Antão, Fátima, Santa Helena e Santa Marta.
Penalidades por Não Conexão
Moradores que não realizam a conexão dentro de 120 dias após receberem a notificação estão sujeitos a uma taxa por disponibilidade da rede, que corresponde ao dobro do valor que seria cobrado caso o serviço estivesse sendo utilizado. Essas medidas, reguladas pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), buscam incentivar a adesão ao sistema de saneamento básico.