A fiscalização da Prefeitura de Bento Gonçalves desativou um trailler clandestino instalado ao lado do Pronto Atendimento São Roque (PA) na manhã desta quinta-feira, 18 de abril. O proprietário do espaço, que começou com apenas um carro lanche, construiu uma casa no terreno público, com direito a deck e utilização do banheiro da unidade de saúde para seus clientes. Ele acabou preso pelo crime de furto de energia em dois locais diferentes.
A lanchonete clandestina funciona no terreno da prefeitura desde 2021. Começou com um pequeno carro-lanche, porém, no ano passado, virou um empreendimento imobiliário. O proprietário construiu uma casa de madeira, com direito a deck e destinava seus clientes para utilizarem o banheiro da Unidade Básica de Saúde como se fosse seu. Não bastasse isso, o comerciante ainda fazia "gatos" de energia elétrica, furtados da rua e da Associação de Moradores do Bairro São Roque.
A ação foi coordenada pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, acompanhada das secretarias de Desenvolvimento Social, Mobilidade Urbana, Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPURB) e a Guarda Civil Municipal (GCM).
O estabelecimento estava localizado em uma área pública e operava em desacordo com a legislação municipal, resultando em diversas infrações. A Patrulha Ambiental (PATRAM) da Brigada Militar identificou problemas como poluição ambiental devido à ligação irregular de energia elétrica, presença de produtos vencidos e água parada, criando um potencial risco à saúde pública.
Esta não foi a primeira vez que o local foi alvo de fiscalização. Em 2021, após denúncias feitas pela Associação de Moradores do bairro, o proprietário do trailer recebeu várias notificações e uma multa por construção irregular. Apesar das advertências, as irregularidades persistiram, levando à ação mais drástica desta semana.
Durante a operação, não apenas o trailer foi removido, mas também mesas, eletrodomésticos e móveis foram levados para um depósito da Prefeitura. Estes itens permanecerão à disposição do proprietário pelo prazo de 60 dias para que sejam reclamados.
O proprietário do estabelecimento foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para prestar esclarecimentos sobre as violações observadas. Esta ação sublinha o compromisso das autoridades locais em manter a ordem pública e garantir que as normas municipais sejam respeitadas, protegendo assim o bem-estar da comunidade e o uso correto dos espaços públicos.
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