A Sociedade 20 de Novembro, uma instituição emblemática em Bento Gonçalves, comemora este ano seu 25º aniversário, marcando um quarto de século de dedicação à preservação e promoção da história e cultura afro-brasileira na região. Desde sua fundação em 1999, a organização tem sido um farol de ativismo e educação, proporcionando um espaço para diálogo e reconhecimento das contribuições afrodescendentes na comunidade local.
Sob a liderança da presidente Zilda Marques Nuncio, a Sociedade tem ampliado seu escopo para incluir uma variedade de atividades que celebram a diversidade e fomentam a inclusão. Um marco recente foi a inauguração da Afroteca em 2022, uma biblioteca dedicada a autores afro-brasileiros como Carolina de Jesus, enriquecendo o acesso à literatura representativa para as crianças da cidade.
Em uma iniciativa de engajamento comunitário e sustentabilidade financeira, a Sociedade realizou no último sábado (13), coincidindo com o dia da Mulher Sambista, um evento que combinou uma janta com karaokê. O encontro não só serviu como uma oportunidade de arrecadação de fundos para a manutenção do espaço, mas também como um momento de confraternização e celebração da diversidade cultural.
Olhando para o futuro, a Sociedade planeja implementar oficinas de grafite, música, dança e esportes, visando transformar o espaço em um centro de aprendizado e convivência cultural ativa. “Tudo começa na educação,” afirma Zilda, destacando a importância de programas educativos que incluem palestras em escolas e workshops.
Um dos projetos mais ambiciosos lançados este ano é o "Registro da Cor", liderado pelo historiador Lucas de Anhaia. Este projeto busca documentar a trajetória e as vivências dos afrodescendentes que foram essenciais na formação de Bento Gonçalves. Com financiamento do Fundo Cultural de Bento, o objetivo é compilar essas histórias em um livro que preserve e enalteça a rica herança afro na capital do vinho.
A Sociedade 20 de Novembro continua a ser uma força vital na comunidade de Bento Gonçalves, promovendo a integração e o respeito mútuo entre diferentes etnias. Com 25 anos de atividades frutíferas, a organização se mantém como um pilar de inclusão e educação cultural, preparando-se para muitos mais anos de impacto positivo.
*Por Emanuelle Ferreira