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Mulher que levou homem morto ao banco ainda passeou com o corpo em shopping

Câmeras mostram Erika de Souza Vieira Nunes empurrando a cadeira de rodas pelo shopping em Bangu e o idoso já sem apresentar nenhuma reação de estar vivo.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
17/04/2024 às 17h01 Atualizada em 17/04/2024 às 22h47
Mulher que levou homem morto ao banco ainda passeou com o corpo em shopping

Em um episódio bizarro e perturbador ocorrido no shopping de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Erika de Souza Vieira Nunes foi detida após ser flagrada tentando realizar transações bancárias com o cadáver de um idoso. As câmeras de segurança do local capturaram imagens que mostram a chegada de Erika e o corpo de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, ao shopping.

Segundo as imagens, um motorista de aplicativo auxiliou Erika a retirar o corpo do homem do carro e a colocá-lo em uma cadeira de rodas. As imagens subsequentes mostram Erika empurrando a cadeira pelo shopping, inclusive fazendo uma pausa em um quiosque, onde se sentou e mexeu em sua bolsa antes de prosseguir até uma agência bancária. Durante todo o trajeto, Paulo Roberto permaneceu imóvel, com a cabeça tombada para o lado, indicando que já estava morto.

A Polícia Militar afirmou que Erika tentou realizar um empréstimo de R$ 17 mil, alegando ser sobrinha de Paulo. No entanto, sua tentativa foi interrompida quando foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

A defesa de Erika, representada pela advogada Ana Carla de Souza Correa, apresentou uma versão diferente dos fatos. Ana Carla declarou que Paulo estava vivo ao chegarem ao banco e que Erika estava sob forte abalo emocional e efeito de medicamentos. A advogada descreveu sua cliente como uma mulher idônea, cuidadora dedicada de Paulo e mãe de uma filha especial, enfatizando que as circunstâncias serão esclarecidas e que testemunhas seriam ouvidas no momento oportuno.

Confira o vídeo do passeio de Érika

Investigação da polícia continua

Erika de Souza Vieira Nunes declarou em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro que “não sabia” que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto quando levou o homem de cadeira de rodas a uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense, para sacar um empréstimo no valor de R$ 17 mil. 

“Ela afirmou que esse empréstimo já existia, o homem fez esse empréstimo no dia 25 de março e, ontem, ele pediu a ela para levá-lo até o banco porque ele precisava tirar esse dinheiro. Ela foi a pedido dele até a agência bancária, chegando lá ela não sabia que ele estava em óbito e tentou sacar”, declarou Fábio Luís Souza. 

“Só que o pessoal do banco chamou o SAMU porque viu que ele estava mal. Quando chegaram, constataram que estava morto”, completou o delegado. 

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