O senador Marcio Bittar (União-AC) pediu, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), voto de pesar pela morte de Amarilio Ferreira Júnior, cunhado dele. O parlamentar disse que Amarilio foi companheiro de sua irmã por 48 anos e faleceu de câncer após quatro anos e meio de tratamento.
Bittar afirmou que o cunhado foi professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), interior paulista, por mais de 30 anos, onde teria sofrido perseguições em seus últimos anos de vida. Segundo o senador, Amarilio foi uma referência política na luta pela democracia, “não fazendo concessões típicas do oportunismo e nem se dobrando a qualquer poder”.
— No dia 5 de abril de 2024, Amarílio deveria ministrar a primeira aula para alunos da graduação da UFSCar, pois uma disciplina lhe fora atribuída enquanto lutava contra o câncer e contra a burocracia universitária, que [dificultou] seu afastamento para o tratamento oncológico que, desde a pandemia, ocorria em Campo Grande (MS). Sem consideração por um professor que poderia ter se aposentado desde 2014, esse poder burocrático o convocou para uma junta médica, que deveria ser realizada presencialmente no dia 2 de abril de 2024. Nesse mesmo dia, em Campo Grande, Amarílio foi hospitalizado, vindo a falecer no dia 3 de abril. [...] Amarílio deixa profundo vazio na sua geração, na sua família, em mim e nas centenas de jovens estudantes que o amaram. Ele deixa um legado de compromisso incondicional com a educação brasileira e a democracia. Deixa uma obra de fôlego como pesquisador do CNPq e também um legado como ser humano generoso, otimista, alto astral e apaixonado pelo Brasil.
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