Quando se pensa que o ser humano é capaz de muitas barbáries, diariamente a população com novos casos, quase inacreditáveis e inaceitáveis em qualquer circunstância. Nesta semana, um homem de 47 anos foi preso em Caxias do Sul, acusado de fazer a própria filha adotiva de escrava sexual. Os crimes sexuais ocorreram na cidade de Nova Petrópolis. A mãe adotiva é suspeita de ser cúmplice do criminoso.
A ação legal foi motivada pela decisão do juiz da Comarca, Franklin de Oliveira Netto, especialmente após o acusado tentar se reaproximar de sua ex-mulher e visitar a casa onde a filha adotiva residia, violando uma ordem judicial anterior. Expressando profunda consternação, o juiz Oliveira Netto comentou sobre a gravidade do caso, destacando a trágica ironia de a vítima, já negligenciada por sua família biológica e colocada para adoção, tornar-se vítima de abuso sexual por parte de seu pai adotivo. "Não bastassem as negligências às quais a vítima foi submetida na família biológica, agora vem à tona a factível situação de estupro, na qual teria servido de verdadeira escrava sexual do próprio pai," declarou o magistrado.
A preocupação com o bem-estar da criança levou o promotor Charles Emil Machado Martins, do Ministério Público de Nova Petrópolis, a solicitar a retirada da guarda da menina da mãe adotiva. Esta medida veio em resposta ao comportamento da mãe, que, apesar das circunstâncias, estava se reaproximando do acusado, incluindo tentativas de vender um imóvel para começar uma "vida nova" em outra cidade com ele.
Curiosamente, este não é o primeiro encontro do acusado com a lei. Ele já havia sido detido duas semanas antes, em uma operação da Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis, em 19 de março. Naquela ocasião, foi encontrado com munição de uso restrito, mas posteriormente liberado pela Justiça. Mais alarmante ainda, foi flagrado na residência da vítima portando munições de calibre restrito e uma farda do Exército, apesar de não ser membro das Forças Armadas, onde também foi encontrada uma arma.
A prisão do acusado em Caxias do Sul pela Polícia Civil marca um momento crítico neste caso perturbador, destacando os desafios enfrentados pelas autoridades em proteger as vítimas de abuso dentro de suas próprias famílias. Com o acusado agora detido e à disposição da Justiça, a comunidade espera por um desfecho que traga justiça à vítima e evite futuras tragédias semelhantes.