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Caso Miguel: mãe e madrasta são condenadas a 57 e 51 anos de prisão

Rés foram sentenciadas pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver

05/04/2024 às 22h10 Atualizada em 05/04/2024 às 23h13
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Rafael Ribeiro/Litoral na Rede
Foto: Rafael Ribeiro/Litoral na Rede

As rés do Caso Miguel, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa, foram condenadas pelo assassinato do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos de idade, em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, em 2021. Após dois dias de julgamento em Tramandaí, nesta sexta-feira (5), a sentença foi proferida.

O crime hediondo envolveu tortura, homicídio e ocultação de cadáver. Yasmin, a mãe de Miguel, recebeu uma sentença de 57 anos, 1 mês e 10 dias de prisão pelos três crimes. Enquanto isso, Bruna, a madrasta, foi condenada a 51 anos, 1 mês e 20 dias de prisão pelos mesmos delitos. A defesa das rés ainda podem solicitar recurso. Enquanto isso, elas permanecem presas. 

Relembre o caso:

Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Miguel foi morto na madrugada de 29 de julho de 2021 pelo casal, após ser torturado. O corpo teria sido colocado dentro de uma mala de viagem e arremessado no Rio Tramandaí. O motivo alegado foi que o menino atrapalhava o relacionamento das acusadas.

Durante as investigações, foram encontrados cadernos do menino, nos quais, segundo a acusação, ele era obrigado a escrever frases ofensivas. Miguel seria obrigado a copiar frases com insultos, onde escrevia "eu sou um idiota", "não mereço a mamãe que eu tenho", "eu sou ruim", "eu não presto" e "a minha mamãe é maravilhosa e eu sou péssimo". A polícia apreendeu cadeados que teriam sido usados para manter o menino preso. A corrente foi encontrada no lixo do banheiro da última pousada onde elas moraram. Nela, havia material genético compatível com o de Miguel. A acusação afirma que a mãe e a madrasta tinham o hábito de acorrentar a criança, como castigo e tortura.

Apesar das buscas efetuadas pelo Corpo de Bombeiros, o corpo do menino nunca foi encontrado. 

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