Na manhã desta quarta-feira, 3 de abril, o vereador Valdemir Marini (PP) registrou a sua renúncia ao cargo na Câmara de Bento Gonçalves. A decisão do parlamentar é uma estratégia política articulada pelo Progressistas (PP) para manter o até então vereador-suplente Anderson Zanella dando as cartas no Legislativo e comandando o partido para as eleições municipais de outubro.
Valdemir Marini apresentou um ofício simples, informando a renúncia ao cargo, alegando decisões de foro íntimo. Ele foi eleito para seu segundo mandato na Câmara nas eleições municipais de 2020 com 1.319 votos. “Quem conhece minha vida pública sabe que nunca pautei minha atuação no interesse pelo poder e, sim, pelo bem comum, portanto, as razões que me fazem renunciar ao mandato neste momento são as mesmas que me fazem desistir de concorrer ao pleito eleitoral de 2024”, afirmou em nota o ex-vereador.
A reportagem do NB Notícias apurou que Marini não sairá de mãos abanando desta história. A renúncia ao cargo vai lhe render uma boa quantia em dinheiro, algo guardado a sete chaves e que não será confirmado pelo partido, e nem por ele jamais. Além disso, a manutenção de vários cargos em comissão de seus agentes políticos na prefeitura. Com a saída da Câmara, o parlamentar está abrindo mão de um salário mensal de R$ 10.962,16, que teria garantido por, pelo menos, mais 9 meses.
Zanella passa a ser o político preferido dentro do PP
Mesmo com a volta de Eduardo Virissimo para o Legislativo a partir desta segunda-feira, 8 de abril, o diretório do PP resolveu não arriscar e está investindo no nome de Anderson Zanella para ser o grande protagonista no próximo pleito eleitoral. O trabalho realizado pelo vereador ao longo dos mais de três anos na Câmara o cacifaram para ser o grande investimento do partido. Fala-se nos bastidores que Zanella é a aposta do PP para ser o vereador mais votado nas eleições de 2024 e ser o novo presidente da Câmara a partir de janeiro de 2025.
Além disso, Anderson Zanella servirá como o grande defensor do governo na Câmara, para garantir a reeleição do prefeito Diogo Siqueira nas eleições de outubro. A estratégia mostra que o PP está levando muito a sério o pleito eleitoral, buscando manter-se por mais quatro anos e chegar a 16 anos ininterruptos no comando de Bento Gonçalves, mesmo que o atual prefeito seja do PSDB.