Um estudo recente da Grant Thornton, intitulado "Women in Business: Pathways to Parity", revelou que as mulheres ocupam 37% dos cargos de liderança sênior nas empresas no Brasil. Apesar desse número, o país ficou atrás de outras nações como África do Sul (2ª posição), Espanha (6ª) e França (9ª) no ranking de equidade de gênero em liderança empresarial, mas à frente de países como México (12ª), Irlanda (13ª) e Estados Unidos (16ª).

O estudo classifica as Filipinas como líderes no ranking, seguidas pela África do Sul e Tailândia. Apesar de um aumento global na porcentagem de mulheres em cargos de liderança, o Brasil registrou um recuo de cerca de 2% em comparação com o estudo anterior, realizado em 2023.

Mudanças culturais e legislativas têm contribuído para o progresso em direção à equidade de gênero, conforme observado ao longo das últimas duas décadas em todos os 18 países avaliados. O Japão, embora ocupe o último lugar no ranking, aumentou significativamente a representação feminina em cargos de liderança, de 8% em 2004 para 19% em 2024, apesar de ainda estar abaixo da média global da Grant Thornton.

Élica Martins, sócia de Auditoria da Grant Thornton, destaca a importância de consolidar medidas não apenas para aumentar a presença de mulheres em cargos de liderança, mas também para mantê-las nesses cargos. "É crucial contar com o apoio da alta administração para incluir mulheres como representantes e implementar estratégias de diversidade e inclusão de forma mensurável e eficaz", ressalta Martins.

O estudo reflete um cenário de avanços e desafios na participação das mulheres em posições de liderança, destacando a necessidade de medidas concretas e contínuas para garantir a igualdade de oportunidades e o pleno desenvolvimento do potencial das mulheres no ambiente empresarial.