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Dia de Finados: como a data é lembrada no mundo

Origem do feriado remete ao ano 998, data em que um monge beneditino instituiu a obrigatoriedade de se rezar pelos mortos.

02/11/2019 às 11h59 Atualizada em 28/11/2019 às 19h37
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Dia de Finados, 2 de novembro, é conhecido no Brasil como a data marcada por idas ao cemitério. Em outros lugares do mundo, a efeméride tem o mesmo significado mas é lembrada de formas diferentes. No México, por exemplo, as pessoas têm o costume de fazer grandes festas e usar fantasias coloridas de caveiras para homenagear os mortos.

A origem deste feriado remete ao ano 998. Antes, já existia o costume de se enterrar e se rezar pelos mortos, mas a data de 2 de novembro foi oficialmente instituída por um monge beneditino, Odilo de Cluny, que viveu do ano 962 ao ano 1049.

Na data, o monge ordenou aos clérigos de sua abadia e a todos aqueles que seguissem a Ordem Beneditina que deveriam rezar pelas almas dos mortos. O costume se popularizou a partir do século XII, quando deixou de ser algo somente da igreja.

O Dia de Finados, também conhecido como Dia dos Mortos ou simplesmente Finados, se trata de um feriado religioso, dedicado a orações e homenagens aos que já se foram. Aliás, a palavra “finados” significa exatamente isso, algo que finou, findou, acabou ou morreu.

No Brasil, por exemplo, o Dia de Finados faz parte de um costume católico e consiste em visitar as sepulturas dos entes queridos que já morreram e enfeitar seus túmulos com flores. As pessoas também acendem velas por suas almas e rezaram por eles no cemitério.

No México, as pessoas também comemoram o Dia de Finados, mas de uma maneira mais festiva e colorida que a brasileira. As celebrações duram 3 dias e as pessoas zombam da morte enfeitando as ruas e organizando desfiles.

De forma geral, os mexicanos acreditam que as almas dos que já se foram visitam seus parentes nessa data e é costume também ter alteres decorados dentro de casa. Eles os enfeitam com flores, caveiras de papel machê, retratos das pessoas mortas e pequenas oferendas.

Dia de Finados e outras religiões

Porém, esse tipo de culto aos mortos não é uma exclusividade do catolicismo. Quase todas as religiões, desde a pré-história, contam com um dia específico dedicado à memória dos mortos.

Os celtas, por exemplo, por acreditarem na continuação da vida após a morte; reuniam-se em suas casas no dia 1º de novembro para homenagear e evocar os que já partiram.

Nos países de religião budista, como na Tailândia, os mortos também são homenageados até hoje por meio de procissões, música e desfiles de máscaras. No Japão, por outro lado, é costume fazer uma oferenda de arroz e algas para que as almas dos mortos sejam alimentadas.

No caso do protestantismo, no entanto, a data não é comemorada. Os protestantes não acreditam na existência do purgatório, como a Igreja Católica, e não têm o hábito de orar pelos mortos.

Mas, o a escolha do dia 2 de novembro como a data oficial para celebrar o Dia de Finados só foi feita mesmo no século 13. Os responsáveis pela Igreja escolheram o dia por suceder o Dia de Todos os Santos, comemorado em 1º de novembro.

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