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Medo das tempestades pode provocar ataque de pânico

Seu filho sente medo? Entenda como agir para manter sua criança tranquila e evitar angústia.

31/10/2019 às 12h14 Atualizada em 28/11/2019 às 19h37
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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O vento, a chuva, os trovões… podem provocar situações de pavor nas crianças e ate em adultos. No caso das crianças é natural que as reações perante o barulho dos trovões ou o silvar forte do vento não passem de um susto e é habitual procurarem a companhia dos pais como um refúgio protetor.

Estas reações surgem como resultado da sensação de perigo perante o desconhecido. Se os pais não conseguirem acalmar a criança sua ansiedade e o medo, o mais provável é que, na próxima tempestade, reajam da mesma forma.

Como superar a angústia

Se a criança fica atemorizada quando o vento começa a soprar fortemente ou soam os primeiros trovões, a melhor forma para que não fique angustiada é tentar distraí-la com as suas atividades preferidas.

Se gosta de ouvir música, esta é um ótimo meio para “encobrir e abafar” os sons da tempestade. Jogar à bola, jogar às escondidas ou até comer o seu doce preferido podem ser formas de manter a criança distraída.

De qualquer modo, é também bom falar-lhe sobre os benefícios da chuva, como as ruas ficarem limpinhas, as flores poderem beber toda a água que necessitam, e nas vantagens de encher os rios para se poder andar de barco nas férias.

Podem também falar-lhes do vento e das suas vantagens para levantar o seu papagaio de papel, para fazer andar os moinhos ou até para afastar as nuvens escuras.

Para além disso, sempre que houver possibilidade, é bom ter uma gravação onde se oiça soar o vento ou o barulho da chuva, assim a criança pode habituar-se aos sons sem se atemorizar  verificando que lá fora, na rua está tudo calmo.

Embora os medos façam parte do desenvolvimento saudável da criança, em caso algum, os pais devem fazer a criança enfrentar a tempestade. Ou seja, se a criança teme o vento, não devem obrigá-la a ir para a rua se se encontra muito assustada.

A criança e os adultos

Quando as más condições meteorológicas prevem tempo de tormenta, mesmo que os adultos  pai ou mãe também sintam receio, nunca o devem demonstrar em frente da criança, com frases como: “com este tempo ainda vai cair uma árvore no jardim”, “daqui a umas horas vão estar cheias por toda a cidade”, “com este vento, ainda se partem as portadas”, “esta chuva vai provocar muitos acidentes”…

A atitude dos adultos e a segurança que demonstram perante uma intempérie é da máxima importância para o bem-estar da criança.

Se a tempestade surgir em viagem e a criança ficar atemorizada com a chuva, os relâmpagos e os trovões, para que a criança não entre em pânico, o adulto  pai ou mãe  que não estiver a conduzir, deve mudar-se para o banco traseiro para a acompanhar.

Sempre que possível, devem parar numa estação de serviço, até que o tempo acalme ou para que a criança se distraia um pouco.

A importância da televisão

Muito temos falado sobre os benefícios e malefícios da televisão e como já referimos, a televisão em si não causa qualquer mal às crianças desde que apenas vejam a programação destinada à sua idade.

Todavia, ao passar imagens extremamente violentas ou de catástrofes como situações de tempestades danos na natureza o televisor deve estar desligado sempre que a criança estiver presente. Este tipo de programas influencia e desenvolve o medo.

Mesmo com outros programas de pura ficção, para a criança, se não houver mediação de um adulto que a esclareça e acompanhe, tudo o que é imaginário lhe parece real.

E, mesmo que os pais, mais tarde, lhe tentem provar o contrário, as imagens violentas não se apagarão facilmente da sua memória e a criança ficará sempre na dúvida e com os medos advindos das imagens que reteve.

"Lembre, a criança ainda não está madura para compreender determinadas situações".

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