A Cooperativa Vinícola Garibaldi marcou o fim da vindima 2024 com a recepção dos últimos cachos de uvas tintas viníferas no dia 14 de março. Após um período desafiador, que iniciou em 4 de janeiro, a safra totalizou cerca de 18 milhões de quilos de uvas, cultivadas por suas 270 famílias cooperadas. Embora esse volume represente uma redução de 35% em comparação ao ano anterior, as previsões já apontavam para esse cenário, principalmente devido às condições climáticas adversas, como o excesso de chuva durante a floração das videiras.
Apesar dos obstáculos enfrentados, a qualidade das uvas não foi comprometida, o que garante a continuidade da produção de vinhos e espumantes de excelência. O fenômeno El Niño foi apontado como o principal responsável pela diminuição na colheita. No entanto, o conhecimento dos profissionais da enologia e da assessoria técnica, aliado à inovação tecnológica, permitiu que a Cooperativa mantivesse as condições necessárias para a elaboração de produtos de alta qualidade.
Ricardo Morari, enólogo-chefe da Cooperativa Vinícola Garibaldi, destaca que, apesar dos desafios climáticos, foi possível manter a qualidade dos produtos, graças ao manejo adequado nos vinhedos e ao uso de tecnologias modernas tanto na produção das uvas quanto na elaboração dos vinhos. Os vinhos-base de espumantes, por exemplo, demonstram boa acidez e aromas delicados, características essenciais para produtos frescos e refinados.
As variedades de uvas mais recebidas foram destinadas à produção de espumantes, incluindo Moscato, Prosecco e Chardonnay, além das tradicionais Isabel e Bordô, utilizadas na produção de suco de uva. Quanto aos vinhos tintos, a estabilidade climática em fevereiro contribuiu para uma boa maturação das frutas, resultando em vinhos frescos e frutados, e até mesmo em algumas maturações mais longas, proporcionando tintos adequados para guarda.
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