O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) formalizou, nesta quarta-feira (6), a denúncia contra um homem, de 39 anos, por homicídio qualificado, relacionado ao assassinato de José Monteiro da Silveira, 34 anos, ocorrido no fim de fevereiro em Caxias do Sul. O crime ocorreu na Rua Sarmento Leite, no bairro Rio Branco, enquanto a vítima estava passeando com seu cachorro.
As circunstâncias do crime foram detalhadas pelo promotor Leonardo Giardin, responsável pela denúncia. De acordo com as imagens de câmeras de segurança, Silveira estava distraído enquanto passeava com seu cão de estimação e foi atacado repentinamente, sem tempo para qualquer reação. O MPRS considera como qualificadoras do crime o motivo torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além do homicídio de Silveira, o denunciado também é suspeito de uma tentativa de homicídio ocorrida na mesma noite. Um jovem de 19 anos foi ferido no braço com uma faca antes do ataque fatal contra Silveira. A promotoria considera como qualificadoras desse segundo ataque o motivo torpe e a dissimulação, pois o agressor, após perguntar as horas, sacou a faca e desferiu o golpe no jovem sem motivo aparente.
O homem já estava sob investigação desde então e, na sexta-feira passada (1), a Polícia Civil encaminhou ao MPRS o inquérito da investigação do caso. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, conforme informações do delegado Caio Marcio Fernandes, da Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DPHPP).
O indivíduo tem passagens por homicídios ocorridos em 2010 e 2017. Ele permanece preso e, segundo informações do MPRS, alegou viver em situação de rua e ter abandonado tratamento psiquiátrico. Porém, o Comitê Pop Rua contradiz essa informação, afirmando que o suspeito possui endereço fixo. A Polícia Civil declarou que não há indícios de que o suspeito vivia em situação de rua.
A vítima, José Monteiro da Silveira, natural de Praia Grande, em Santa Catarina, deixa esposa e um enteado de 11 anos, em uma tragédia que abala não apenas a família da vítima, mas também toda a comunidade. O desfecho desse caso agora está nas mãos da justiça, que buscará garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos de acordo com a lei.
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