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Fepam divulga último boletim da temporada 2023/2024 do projeto Balneabilidade
Após 16 semanas de monitoramento, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) encerra, nesta sexta-feira (1º/3), a temporada 2023/2024 do p...
01/03/2024 19h11
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS

Após 16 semanas de monitoramento, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) encerra, nesta sexta-feira (1º/3), a temporada 2023/2024 do projeto Balneabilidade. O último boletim desta edição aponta 81 pontos próprios para banho e dez na condição imprópria. São eles:

Entraram para a lista de impróprios dois pontos em Tapes. Os demais já haviam sido elencados na semana anterior e se mantiveram.

A recomendação é que os banhistas evitem pontos impróprios e arredores, especialmente junto às águas que chegam às praias por tubulação, arroios ou rios. O alerta vale principalmente para crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. Os sintomas mais comuns após o banho em áreas contaminadas são diarreia, dor abdominal e enjoos.

Balanço da temporada

O monitoramento semanal das águas oceânicas e interiores em 91 pontos do Estado teve início em meados de novembro , com a divulgação do primeiro boletim em 15 de dezembro. Considerando todos os resultados da temporada, 89,3% foram próprios e 10,7%, impróprios. Na temporada anterior, o percentual havia sido 3,8%.

“Apesar de um aumento no registro de locais impróprios, o percentual de próprios em relação ao total monitorado foi de quase 90%”, pondera o presidente da Fepam, Renato Chagas. “A produção e divulgação de dados permite aos órgãos de saneamento que avaliem ações com foco nos balneários que exigem mais atenção”, complementa.

Coordenadora do projeto, a geóloga Cátia Vaghetti, analista do Departamento de Qualidade Ambiental (DQA) da Fepam, ressalta que, nos próximos meses, a equipe trabalhará no desenvolvimento de um relatório, que reunirá dados consolidados do monitoramento. “A partir de março, começamos a organizar a próxima edição, que deve iniciar em novembro de 2024”, antecipa.

Divulgação

O monitoramento da qualidade da água é feito semanalmente, e os boletins são divulgados sempre às sextas-feiras no site da Fepam, mídias sociais e no web aplicativo Balneabilidade .

Os avisos de local próprio ou impróprio para banho também devem estar em destaque em placas informativas fixadas nos pontos de coleta de água. A instalação das placas e atualização do resultado da semana (próprio ou impróprio) é de responsabilidade das prefeituras, já que essa é uma questão de saúde pública.

Realização

As coletas em água salgada no Litoral Norte e respectivas análises são feitas pela Fepam, por meio da Gerência Regional do Litoral Norte Sema-Fepam (Gerlit) e da Divisão de Laboratórios (Dilab). O projeto é coordenado pelo Departamento de Qualidade Ambiental (DQA). Os demais pontos são monitorados com apoio da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep).

Classificação

Para identificar se as condições de balneabilidade em determinado local são adequadas, são analisados dois indicadores:

Escherichia coli, também chamada de E.coli, bactéria cuja presença em abundância na água indica contaminação por fezes;

Cianobactérias, ou algas azuis, que podem ocorrer em qualquer manancial superficial.

Os parâmetros utilizados estão previstos nas resoluções Conama 274/2000 e 357/2005. As cianobactérias são analisadas somente nos balneários de Osório (Lagoa Peixoto), Pelotas e Tapes.

O resultado está condicionado a cinco semanas de monitoramento. Se, ao longo desse período, duas ou mais amostras do conjunto apresentarem resultado superior a 800 para E.coli ou, ainda, se a amostra mais recente das cinco avaliadas apresentar resultado maior que 2.000 para E.coli, o ponto será classificado como impróprio. O mesmo ocorre se a contagem de cianobactérias extrapolar 50 mil células.

Recomendações aos banhistas:

Texto: Joyce Heurich/Ascom Sema
Edição: Secom