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Entenda sobre perda auditiva quais são os graus de dificuldade e como tratar.

Uma das adversidades que os pacientes mais enfrentam quando percebem a perda de audição é a dificuldade de manter seus relacionamentos sociais.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
14/10/2019 às 20h48
Entenda sobre perda auditiva quais são os graus de dificuldade e como tratar.
Divulgação

Existem diversos níveis de diminuição de capacidade auditiva entre a audição normal e a surdez total. E, para fazer o diagnóstico da perda auditiva, é utilizado um exame conhecido como audiometria para quantificar e estabelecer o seu grau.

A audiometria tem como objetivo analisar e medir a capacidade do paciente em ouvir e interpretar os sons emitidos pelo aparelho, o audiômetro. Por meio desse processo, é possível identificar possíveis distúrbios auditivos e informar ao paciente quais são as medidas e os tratamentos disponíveis para o seu caso.

O profissional habilitado para realizar este exame é o fonoaudiólogo. Ao final da audiometria, o laudo entregue ao paciente traz o diagnóstico informando se há anormalidade, o tipo e o grau da perda auditiva.

A audiometria é um exame para o diagnóstico, mas não tem função terapêutica, devendo o paciente procurar um especialista para avaliar o resultado do exame e definir a conduta a seguir.

Você sabe quais são os tipos de perda auditiva e os graus de intensidade que ela pode ser classificada? 

A perda auditiva condutiva

A perda auditiva do tipo condutiva é aquela causada por um bloqueio na transmissão dos sons vindos da orelha externa, o meato, para a orelha média, onde estão localizados os ossículos.

As causas são, principalmente, devido ao acúmulo de cerume ou por colocar algum corpo estranho dentro do ouvido, mas também por:

- otite média crônica (inflamação com secreção dentro da orelha);

- otosclerose (calcificação que aumenta a rigidez do estribo e diminui a sua mobilidade);

- ou perfuração timpânica.

O tímpano é a membrana que separa a orelha externo da orelha média e é responsável por vibrar e transmitir os sons para os ossículos, que se conectam.

Geralmente, a perda auditiva do tipo condutiva é parcial, ou seja, o paciente escuta alguns sons, e não leva a uma perda auditiva significativa.

A solução

Para a maioria dos casos, o tratamento clínico é a melhor opção. Mas, nos casos de perfuração ou de otosclerose, o tratamento cirúrgico é mais adequado para a recuperação do paciente.

Caso o tratamento clínico e cirúrgico não sejam satisfatórios para corrigir a perda auditiva, é possível utilizar os aparelhos auditivos externos que amplificam o som ou realizar um implante na cóclea com um aparelho auditivo de condução óssea que desvia os sons da orelha média.

A perda auditiva sensorioneural

A perda auditiva do tipo sensorioneural é causada por alterações dentro do ouvido interno ou nas vias nervosas de condução, que transmitem os sons por meio de impulsos nervosos para o sistema nervoso central.

Nesse tipo de perda auditiva, a integridade da membrana timpânica e dos ossículos estão preservadas, ou seja, a transmissão de sons da orelha média para a orelha interna está normal. Porém, essa informação não é transformada em sinais elétricos para que o cérebro possa processá-las.

A perda auditiva sensorioneural pode ser dividida de acordo com a localização da alteração: a perda auditiva coclear ocorre pelo mau funcionamento das células sensoriais da orelha interna, chamadas de células ciliadas. Com isso, a cóclea não é mais capaz de transformar as informações sonoras que chegam da orelha média em impulsos nervosos enviados pelo nervo vestibulococlear ao cérebro; já a perda auditiva retrococlear acontece quando a alteração que causa a perda está no próprio nervo, ou seja, a informação sonora chega corretamente na orelha interna, é processada pela cóclea e transformada em impulsos nervosos. Porém, o nervo vestibulococlear não é capaz de transmiti-los para o cérebro.

As causas para a perda auditiva do tipo sensorioneural são diversas, como a presbiacusia causada pelo envelhecimento, ruídos em excesso por longo tempo, trauma cranioencefálico ou até doenças infecciosas, principalmente a meningite.

A solução

Na maioria dos casos a perda é permanente e a indicação é utilizar os aparelhos auditivos tradicionais. O implante coclear é recomendado para os pacientes que apresentam perda auditiva sensorioneural severa, que já fizeram uso de algum aparelho auditivo e ainda assim não conseguem se comunicar de maneira eficaz.

Agora, se a perda for retrococlear (o nervo não estiver funcionando) ou se a cóclea estiver muito ossificada, o implante coclear não terá benefício nenhum. As alternativas possíveis para esses casos são o implante de feixe de eletrodos duplo ou, indo mais além, o implante de tronco encefálico.

Isso dependerá de cada especialista e da experiência de cada um com esses tipos de procedimentos.

A perda auditiva mista

A perda auditiva do tipo mista é a mais comum de ser encontrada. Como o próprio nome diz, é definida como a combinação da perda auditiva condutiva e da perda auditiva sensorioneural.

A otite crônica é a principal causa de perda auditiva mista, porque geralmente o tímpano e os ossículos são afetados, impedindo que a cóclea capte os sons e os conduza por meio de impulsos nervosos ao cérebro.

A solução

O tratamento para a perda auditiva mista é feito com a utilização de um dispositivo auditivo pelo paciente. Também pode ser realizado o tratamento específico para perda auditiva condutiva ou perda auditiva sensorioneural.

Por exemplo: a cirurgia de correção e restauração da função da orelha ou mesmo os implantes para desviar os sons.

Os graus de perda auditiva

A perda auditiva é classificada em graus, sendo que os mais comuns na prática médica são os leves e os moderados. As perdas auditivas condutivas são raras em grau severo ou profundo. Já a perda sensorioneural pode variar do grau mais leve ao mais profundo

Define-se como audição normal aquela em torno de 20 decibéis, que permite ouvir todos os sons da fala e a associação da fala com a audição, possibilitando o desenvolvimento das habilidades auditivas e da linguagem. Valores acima de 25 dBNA podem ser considerados perda auditiva.

Vamos definir cada grau a seguir:

leve (26 a 40 dBNA): o paciente escuta bem os sons das vogais, mas o som de algumas consoantes — como F, K, P, S e T — podem estar inaudíveis, assim como outros ruídos (por exemplo: o tique-taque do relógio);

moderado (41 a 70 dBNA): o paciente não ouve bem quase nenhum som da fala no nível de voz natural, sendo preciso falar bem alto para que ele ouça. Na prática, podemos relacionar essa perda com os sons fortes (por exemplo: o choro de um bebê e o ruído de um aspirador de pó). A comunicação fica bastante limitada já no grau moderado;

severa (71 a 90 dBNA): o paciente com perda auditiva severa não ouve nenhum som de fala, e poucos sons são percebidos (por exemplo: um latido de cachorro, as notas graves de um piano ou o toque de um telefone em volume máximo);

profunda (> 91 dBNA): o paciente com perda profunda não ouve nenhum som de fala e pouquíssimos sons do ambiente, como o um helicóptero, uma motocicleta e uma serra elétrica. São candidatos a realização do implante coclear os pacientes que não ouvem sons acima de 91 dBNA.

É importante conhecer os graus e tipos de perda auditiva e, principalmente, reconhecer quando há algo de errado com a audição e procurar um profissional para uma avaliação adequada.

Após realizar os exames e chegar a um diagnóstico, é essencial buscar por um tratamento adequado feito por especialista e usar corretamente os aparelhos auditivos quando necessário. Não deixe a perda de audição gerar dificuldade de manter seus relacionamentos sociais.

Ainda tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe o seu comentário! Compartilhe para mais pessoas essas informações, e sempre busque ajuda de um profissional.




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