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Empresário acusado de tortura e tentativa de homicídio é novamente preso em Farroupilha

Proprietário de um haras manteve um funcionário em cárcere privado, torturou-o e tentou matá-lo ao obrigá-lo a se jogar de um paredão de pedra. À pedido do MPRS, indivíduo foi detido mais uma vez, enquanto outro homem envolvido no caso segue foragido.

23/02/2024 às 13h55
Por: Kevin Sganzerla Fonte: MPRS
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Foto: Antonio Valiente / Agencia RBS
Foto: Antonio Valiente / Agencia RBS

Um réu em um processo que apura tortura, cárcere privado e tentativa de homicídio qualificado foi preso na última quinta-feira (22), em Farroupilha. O indivíduo, proprietário de um haras na região, é acusado de ter torturado e tentado matar um funcionário sob a alegação de que este teria furtado dinheiro do estabelecimento. O crime ocorreu em agosto de 2021.

O réu, junto com outro indivíduo que atualmente está foragido, foi preso na época do ocorrido, porém, uma decisão judicial em primeiro grau resultou na soltura da dupla em novembro do ano passado. O promotor de Justiça Rodolfo Grezzana, atuante em Farroupilha, considerou inaceitável que autores de crimes tão graves permanecessem em liberdade e ingressou com medidas judiciais para reverter essa decisão.

Graças à atuação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o proprietário do haras foi preso preventivamente mais uma vez, enquanto o segundo investigado continua sendo procurado pelas autoridades. Grezzana ressaltou que ambos respondem por tentativa de homicídio, tortura, furto e roubo, e que ainda está em discussão se serão responsabilizados por cárcere privado e crime sexual contra a vítima.

"Os fatos retratados nesses autos são verdadeiramente bárbaros e revelam que, com os réus soltos, colocava-se em cheque regras básicas de convívio da sociedade de bem", destacou o promotor.

Relembre o crime:

O crime ocorrido em agosto de 2021 foi marcado por atos de extrema crueldade. O funcionário, um homem de 39 anos, foi torturado no haras sob a acusação de furto de dinheiro. Ele teve mãos amarradas, corda no pescoço, levou coronhadas na cabeça, um tiro em um dos dedos do pé, além de ter sofrido choque elétrico. Posteriormente, foi roubado e deixado desacordado em uma via pública.

A violência não parou por aí. No dia seguinte, o homem foi raptado novamente, desta vez no hospital, onde estava sendo tratado. Ele foi levado para outro local e submetido a mais torturas, incluindo queimaduras com cigarro, arrancamento de dentes, perfurações com agulhas quentes, entre outros horrores. Por fim, os criminosos tentaram fazê-lo se atirar de um penhasco, mas ele sobreviveu.

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