Geral Saúde
Hospital Tacchini realiza primeira captação de múltiplos órgãos de 2024
Rins e córneas de criança diagnosticada com morte encefálica foram doados a pacientes compatíveis cadastrados na Central de Transplantes do Estado.
12/02/2024 16h52
Por: Kevin Sganzerla Fonte: Hospital Tacchini

A última semana marcou um momento de solidariedade no Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves, com a realização da primeira captação de múltiplos órgãos de 2024. Sob a coordenação da Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), o procedimento foi possível graças à autorização dos familiares de um doador, uma criança de 7 anos que foi diagnosticada com morte encefálica horas antes.

No dia 10, no Centro Cirúrgico do Hospital Tacchini, os profissionais envolvidos na operação realizaram a captação de rins e córneas, que foram doados a pacientes compatíveis cadastrados na Central de Transplantes do Estado.

Essa importante ação foi fruto de uma parceria entre a equipe do hospital bento-gonçalvense e profissionais da Santa Casa de Misericórdia, de Porto Alegre. Após a captação, a equipe multiprofissional retornou à capital do Estado, onde os pacientes que aguardavam pelos órgãos transplantados estavam ansiosamente à espera.

O procedimento de doação de múltiplos órgãos, embora seja um momento de dor para os familiares e amigos do doador, representa a oportunidade de salvar até 8 vidas. O primeiro passo é a confirmação da morte encefálica do paciente, seguida pela obtenção da autorização da família para o procedimento.

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"A decisão pela doação é realizada em um momento de muita dor para os familiares. Ao mesmo tempo, o encerramento de uma vida pode significar um recomeço para várias outras. Enxergar ali uma oportunidade de aumentar ainda mais o legado de bondade e amor de um ente querido pode trazer um pouco de conforto nessas horas", destaca Ana Turmina, enfermeira responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini.

Com a permissão da família, inicia-se uma corrida contra o tempo para encontrar doadores compatíveis, mobilizando os profissionais de saúde responsáveis pela captação. Este gesto altruístico não só salva vidas, mas também promove a cultura da doação de órgãos e tecidos, prometendo um futuro mais esperançoso para aqueles que aguardam por um transplante.