A diferença de membros é um problema que afeta mais da metade da população brasileira, mas a grande maioria é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Diferença de membros pode ser um dos motivos de dores.
Porém, nos casos de ter uma perna menor que a outra, principalmente nos casos que a diferença é grande (maior que 6 cm), é bom ficar atento, pois essa diferença nos membros pode causar diversas dores no corpo todo.
Classificação da diferença de membros por tamanho.
É bom reforçar que não apenas nos casos graves que se deve ficar atento, na diferença moderada (entre 3 e 6 cm ), também há a chance de problemas aparecerem. Quando essa diferença é discreta (até 3 cm), as chances de dores são menores.
Dismetria no comprimento ou discrepância é uma condição em que o comprimento de uma perna é diferente da outra (mais curto ou mais longo) devido a um ou ambos serem alterados funcionalmente (músculo/ postura) ou estruturalmente (osso/ cartilagem).
A alteração do comprimento da perna de forma funcional ocorre quando o tamanho das pernas é o mesmo, mas a inclinação da pelve, piriforme ou encurtamento dos músculos isquiotibiais criam a aparência de uma perna mais comprida ou mais curta do que a outra. A desigualdade estrutural do comprimento da perna é, de fato, uma diferença de tamanho entre as pernas.
Causas
Neuromuscular:
Desequilíbrio muscular causando tração diferente na pelve gerada pelo encurtamento especialmente do piriforme (que leva a uma rotação externa do fêmur encurtando a perna) e isquiotibiais. Ex: Doenças como Poliomielite, Paralisia cerebral.
Deformidades ósseas:
No joelho (Genu recurvatum, valgo, varo), arcos costais, vértebras assimétricas, escoliose.
Trauma e pós-operatório:
Fratura dos ossos da perna ou lesão da Placa epifisária, pós-operatório de algumas próteses como quadril e joelho.
Idiopática/ genética:
Transtorno dos quadris (tais como Legg-Calvé-Perthes ou epifisiólise femoral).
Alterações degenerativas avançadas como artrose ou doenças que levam ao desgaste articular (ex. artrite).
Sinais e sintomas
O paciente/ atleta pode apresentar alteração da marcha (tais como claudicação, “mancar”).
Pode ocorrer desvio postural da coluna para compensar a diferença, ocasionando dor lombar.
Dor na perna mais curta devido ao aumento do impacto
Dores nas articulações causadas pela sobrecarga, como dor no joelho, síndrome do trato íleo tibial, pronação compensatória do pé e fascite plantar.
Diferença de força nos membros inferiores.
Aumento ou degeneração do disco vertebral.
Os sintomas variam entre os pacientes, dependendo do esforço físico e sobrecarga que fazem nas pernas.
Diagnóstico
No exame físico, o médico vai avaliar se a dismetria é funcional (medindo pontos ósseos fixos) e fazer o diagnóstico diferencial com a discrepância estrutural através de exames por imagem.
Tratamento
O Tratamento de desigualdade no comprimento das pernas envolve muitas abordagens diferentes, que variam entre ser funcional ou estrutural ou até mesmo a combinação de ambas.
Fisioterapia:
Liberação miofascial (massagem)
Alongamento dos músculos encurtados
Manipulação ou mobilização da coluna vertebral, sacro-ilíaca, quadril, joelho e pé.
Órteses: Sapatos com elevação podem ser usados para tratar discrepâncias de dois a seis cm (até 1 cm faz-se o uso de palmilhas). Para maiores desigualdades no comprimento da perna, o sapato deve ser construído sob medida e personalizado.
Cirurgia: O médico poderá fazer a ressecção óssea ou epifisiodese em casos de alterações do crescimento ou usar uma das técnicas de alongamento ósseo.
Mín. 14° Máx. 25°