Na tarde e noite do último sábado, 3 de fevereiro, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bento Gonçalves foi palco de cenas de frustração e revolta por parte de pacientes que enfrentaram longas esperas por atendimento. Relatos indicam que a espera chegou a até seis horas, um tempo consideravelmente acima do esperado para um serviço de urgência e emergência. A Prefeitura de Bento nega que houve este longo tempo de espera.
Pacientes aguardavam ansiosos por atendimento médico, enquanto observavam que os profissionais de saúde pareciam não chamar ninguém para as consultas necessárias. A situação, já tensa devido às longas filas e à espera, escalou durante a noite, levando à intervenção da Guarda Civil Municipal (GCM) para acalmar os ânimos exaltados.
A Prefeitura de Bento Gonçalves, questionada sobre os incidentes, esclareceu a situação apontando para problemas técnicos que afetaram o funcionamento normal da UPA. "No último sábado, tivemos uma queda no sistema e na internet. Com isso, foi necessário realizar a evolução dos pacientes em prontuário manual, ou seja, descritivo, que acaba demorando um pouco mais para isso", informou a assessoria de imprensa da administração municipal. Este método manual, apesar de garantir a continuidade do atendimento, inevitavelmente resulta em processos mais lentos, contribuindo para o aumento do tempo de espera.
Além dos problemas técnicos, a UPA registrou um grande fluxo de pacientes apresentando síndromes gripais, o que exacerbou a situação. A Prefeitura assegura, no entanto, que todos os pacientes foram atendidos "no tempo regimental e dentro da classificação de risco e tempo de espera preconizado pelo Ministério da Saúde", que determina um máximo de quatro horas para casos de menor gravidade.
Esta situação destaca a importância de sistemas de saúde eficientes e preparados para lidar com adversidades, especialmente em períodos de alta demanda. Além disso, ressalta a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura tecnológica e em recursos humanos, para que os serviços de saúde possam responder de maneira ágil e eficaz às necessidades da população.
A espera prolongada por atendimento médico em serviços de urgência não é apenas uma questão de inconveniência, mas também um fator que pode comprometer a saúde dos pacientes. Diante disso, é essencial que medidas sejam implementadas para evitar a repetição de tais episódios, garantindo que a população tenha acesso a cuidados de saúde de qualidade, em tempo oportuno.