Se o seu cão ou seu gato passar a coçar e lamber a pele mais do que o comum, atenção: pode não ser apenas uma pulga. Assim como nos humanos, os pets também estão sujeitos ao desenvolvimento de alergias e doenças ligadas ao sistema imunológico. O sintoma de maior destaque costuma ser coceira constante, tão intensa que pode levar o animal até a morder o local irritado. Estima-se que entre 25 e 30% dos animais sofram com alergias, responsáveis pela maior parte das consultas veterinárias em grandes cidades.
Causas
A veterinária Andressa Felisbino, alerta que as reações alérgicas, causadas por inúmeros agentes, devem ser observadas. Entre os vilões estão pólen, fungos, picadas de insetos, parasitas, substâncias químicas e até mesmo determinados alimentos. “Dependendo do agente causador, os sintomas podem ir além de irritações na pele. Certas alergias podem causar ainda perda de apetite e diarreia“, coloca. É importante estar atento a áreas de vermelhidão ou queda do pelo do animal.
Um dos cuidados mais importantes é manter os produtos de limpeza longe dos pets, em especial desinfetantes e removedores. Substâncias como ácidos bóricos, peróxido de sódio, amônia e cloro, presentes na formulação de certos produtos, são responsáveis por causar inúmeras reações como dermatites, irritação ocular, ressecamento das narinas e, ainda mais grave, problemas pulmonares.
A veterinária também cita as alergias alimentares, que podem surgir em decorrência de uma dieta que vai além da ração seca. “Donos que costumam dar comida, em especial os alimentos de origem animal, aumentam as chances de uma alergia se manifestar no bichinho”, afirma. A solução, segundo ela, é preferir sempre rações específicas para cada tipo de animal, informando ao veterinário alterações importantes na dieta.
Tratamento
As alergias não têm cura. Elas devem ser controladas com vacinas específicas que têm o objetivo de tornar o cão ou gato cada vez menos sensível ao agente causador. Para a maior parte dos animais, as vacinas deverão der administradas por toda a vida e a melhora do quadro pode ser observada em um intervalo que vai de semanas a alguns meses. O tratamento também se estende às infecções de pele, uma condição frequente entre os alérgicos, já que o ato de coçar ou morder abre fissuras por onde entram bactérias causadoras de lesões, algumas bastante graves.
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