Polícia Civil descobre autores da chacina no bairro Municipal

A 2ª Delegacia de Polícia conseguiu elucidar a autoria da chacina ocorrida no bairro Municipal em junho deste ano. A morte das cinco pessoas que estavam no bar da Rua Lajeadense foi ordenada de dentro do Presídio Estadual de Bento Gonçalves e executada por pelo menos cinco criminosos. Um deles já está recolhido à casa de detenção.

De acordo com o delegado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª DP, as investigações levam diretamente ao líder da facção criminosa Os Abertos, Valdeni Alves da Silva. Mesmo de dentro do presídio, segundo o delegado, ele ordena as ações criminosas cometidas pela facção e, conversas via celular mostram que Silva mandou executar os integrantes da facção rival, Os Manos, porém, um deles conseguiu sobreviver porque se atrasou ao chegar ao bar onde ocorreu a chacina.

Na noite do dia 7 de junho, um grupo de criminosos armados executou Roger da Silva Cabral, de 18 anos, Lucas Joel Ferrão, 30, Cristian Soares Teixeira, 28, Matheus da Silva 23, e Robert da Silva Ribeiro, de 21 no Bar dos Amigos, na Rua Lajeadense, no bairro Municipal. A descoberta da autoria do crime só foi possível depois que a Polícia Civil de Veranópolis prendeu um homem envolvido no crime e que acabou se ferindo com um tiro na mão durante a chacina. Áudios em seu celular detalham como tudo aconteceu e apontam o envolvimento de Valdeni da Silva como mandante da execução.

A Polícia Civil também chegou a um dos autores dos disparos. Ele foi identificado como sendo Nilson Santana Nunes, de 24 anos. Nunes está recolhido ao presídio por outros crimes de roubo e é considerado um bandido muito perigoso. Ele também fazia parte de uma quadrilha que realizada assaltos na região de Bento e também no Vale do Taquari.

Após descobrirem o poder de Valdeni da Silva sobre a facção, mesmo estando preso, ele foi transferido para a Penitenciária de Charqueadas. O Delegado Álvaro Becker revela que deve encaminhar o pedido de prisão preventiva de mais dois homens envolvidos na chacina e ainda procura provas para incriminar outros dois que também estariam na cena do crime no momento da execução. "Apesar de termos apenas dois policiais no Setor de Investigação, estamos fazendo das tripas coração para elucidar os casos de homicídio, que não param de chegar. Felizmente contamos também com o apoio de policiais de outras delegacias", destaca o delegado.

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