A balsa destinada à travessia de veículos entre os municípios de Santa Tereza e São Valentim do Sul ainda está sem previsão de chegada no ponto onde estava localizada a Ponte de Santa Bárbara, que foi levada na enchente de setembro de 2023. No dia 16 de janeiro, a embarcação foi autuada pela Patrulha Ambiental e pela Fepam, mas foi liberada após investigação e está passando pela região de Roca Sales nesta terça-feira, 23.
A balsa é um projeto financiado pelo Governo do Rio Grande do Sul, com um orçamento de R$ 622.500 mil para a instalação e desinstalação dos equipamentos. No dia 11 de janeiro, a embarcação partiu de Lajeado, mas logo no dia 16, foi denunciada por estar utilizando uma retroescavadeira em curso hídrico para auxiliar nos trechos mais críticos do rio sem licenciamento ambiental e foi autuada pela Patrulha Ambiental e pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), porém, no dia seguinte o órgão estadual divulgou uma nota destacando que não havia irregularidades. Confira na íntegra:
Na segunda-feira (15/01), a Fepam tomou conhecimento, por meio da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar (BM) de Estrela, de uma denúncia de extração ilegal de areia no rio Taquari, com uso de uma retroescavadeira posicionada em uma balsa. Após vistoria, na terça-feira, em Colinas, no Vale do Taquari, o Departameni de Fiscalização constatou que a denúncia era improcedente. Na verdade, a retroescavadeira servia de apoio para facilitar o deslocamento fluvial da balsa desde o município até o ponto onde a embarcação fará a travessia de veículos entre Santa Tereza e São Valentim do Sul. Não houve constatação de danos ambientais. Ressalta-se que tal deslocamento não depende de autorização da Fepam.
Após essa declaração, a balsa seguiu seu curso e neste domingo, 21, chegou na região de Roca Sales, contudo, acabou ficando encalhada, mas com as chuvas dos últimos dias, houve a elevação do nível do Rio Taquari e com isso, a embarcação está conseguindo seguir em direção à Encantado. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santa Tereza, não há uma previsão de quando ela chegará na cidade.
O que acontece depois que a balsa chegar em seu destino?
Após a chegada da balsa e sua instalação, o uso não será gratuito. Os usuários que necessitarem fazer a travessia pagarão tarifas variáveis, com valores que vão de R$ 9,64 para veículos leves a R$ 60 para caminhões de seis eixos. Esta estrutura de tarifação busca equilibrar a acessibilidade com a sustentabilidade financeira do serviço.
Com dimensões mínimas de 400 metros quadrados e capacidade de carga de 200 toneladas ou mais, a balsa representa uma medida paliativa para o transporte de veículos pesados e leves. Ela será instalada a cerca de 200 metros do local onde se situava a ponte sobre a ERS-431, com um vão navegável estimado em 145 metros. A escolha desse local foi estratégica, visando a redução de custos sociais e operacionais.