Em um cenário marcado pela generosidade e solidariedade, o Hospital Tacchini, em 2023, celebra um notável aumento nas doações de órgãos. No total, foram registrados 73 órgãos doados ao longo do ano, representando um aumento de 15,8% em comparação com o ano anterior, quando foram contabilizados 63 órgãos.
A Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) desempenhou um papel crucial nesse avanço, coordenando as captações. Dentre os órgãos doados, destacam-se 3 rins, 1 pulmão, 1 coração, 3 fígados, 3 pâncreas e 62 córneas. Essas doações foram destinadas a pacientes previamente cadastrados por ordem de prioridade na Central de Transplantes do Estado.
As etapas do processo de doação são meticulosas e começam com a confirmação de morte encefálica do doador potencial. Esta verificação é realizada por meio de dois exames clínicos e um exame de imagem, efetuados em intervalos distintos. Uma vez confirmada a condição, busca-se a aprovação da família, um momento delicado em que a decisão de doar é tomada em meio à dor.
Ana Turmina, enfermeira responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini, destaca a dualidade desse momento: "A decisão pela doação é realizada em um momento de muita dor para os familiares. Ao mesmo tempo, o encerramento de uma vida pode significar um recomeço para várias outras."
A aprovação da família desencadeia uma corrida contra o tempo para identificar doadores compatíveis, através da Central de Transplantes do Estado. Essa coordenação é essencial para mobilizar os profissionais de saúde que realizarão a captação dos órgãos, dando esperança a pacientes que aguardam ansiosamente por uma segunda chance de vida.
O Hospital Tacchini, por meio de seu comprometimento com a doação de órgãos, não apenas salvou vidas, mas também ofereceu um raio de esperança em momentos difíceis, transformando tragédias em oportunidades de recomeço.