Com gritos de "queremos justiça" e "cadê a Naty", familiares de Hellen Natalia de Freitas Lopes, de 24 anos, que está desaparecida desde o dia 9 de dezembro, realizaram um protesto em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), em Bento Gonçalves. A família cobra notícias sobre o andamento da investigação por parte da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), que está à frente do caso. O namorado da jovem, que foi preso temporariamente no dia 19 de dezembro, é o principal suspeito pelo envolvimento do desaparecimento da moradora de Bento Gonçalves.
Com cartazes e camisetas estampando o desejo por justiça, a família de Hellen, diante da angústia vivenciada em meio ao seu desaparecimento, promoveu a manifestação clamando por atualizações a respeito das investigações sobre o seu paradeiro. "Estamos arrasados, agonia total. Ela nunca sumiu assim, sempre nos avisava para onde ia, mandava fotos, e agora estamos apavorados. E ninguém viu, ninguém sabe de nada e a polícia só diz que está investigando", explica o pai, Paulo Lopes.
No dia 9 de dezembro, Hellen, o seu namorado e a sua amiga saíram para ir ao Santuário de Caravaggio, em Farroupilha. A última mensagem de Hellen recebida pela família foi às 22h. Imagens de videomonitoramento de um posto de gasolina flagraram os três entrando no carro do suspeito que foi preso. A última mensagem da jovem foi para informar que mandou embora uma mulher com quem morava junto e que ela estava ajudando com as roupas.
Conforme o pai, a amiga que estava junto com Hellen não tem informações sobre o paradeiro da jovem. "Nas imagens aparecem eles saindo de carro com a amiga dela, e a amiga disse que não sabe de nada", comenta. A madrasta de Hellen, Juremi Nuniz, também pondera que nenhum conhecido de Hellen tem informações e que a amiga que estava junto com ambos no dia do desaparecimento evita falar com a família. "A Natália é uma pessoa boa, desde pequena todo mundo conhece ela, e é incrível como todo mundo não sabe de nada, ninguém viu nada. A amiga não quer falar conosco, somente com a delegada, e a delegada até agora não nos falou nada. Vamos conversar com ela na segunda-feira (15) para cobrar notícias", comenta Juremi.
Paulo também detalha que Hellen sempre enviava mensagens positivas sobre a relação com o seu namorado. Porém, somente depois do seu desaparecimento soube que havia um caso de Maria da Penha contra o companheiro de Hellen. "Ela sempre mandou coisas boas sobre o relacionamento, só que tinha um caso de Maria da Penha contra ele e eu não sabia. Soubemos através da amiga dela, que contou sobre a situação", detalha o pai.
Ainda segundo o pai de Hellen, a delegada que está investigando o caso, Deise Salton, ainda não deu detalhes ou notícias sobre o andamento das investigações de onde está o paradeiro de sua filha. A esperança da família é encontrá-la bem e com vida. "Esperamos encontrar ela bem. Se alguém a pegou, que devolva ela pra nós. queremos saber onde ela está e achá-la", afirma o pai.
O principal suspeito pelo desaparecimento da jovem segue preso temporariamente desde o dia 19 de dezembro. Conforme a DEAM, ele teria apresentado versões contraditórias às informações conhecidas pela polícia. Diligências foram realizadas na casa e nos carros do indivíduo. Os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) encontraram possíveis vestígios de sangue humano em veículos e em objetos. O material coletado foi submetido à análise de DNA. A polícia ainda aguarda o resultado do exame, o qual não há previsão de quando ficará pronto.
Durante a manifestação, nenhuma autoridade policial falou com os familiares para prestar esclarecimentos a respeito do caso.
Mín. 15° Máx. 18°