Nesta quarta-feira (10), foram sorteadas as 150 pessoas que poderão participar do segundo júri referente à tragédia da Boate Kiss, marcado para o dia 26 de fevereiro. A seleção aconteceu na capital gaúcha, e a lista final será composta por 25 jurados, dos quais sete serão escolhidos para compor o conselho de sentença.
O sorteio foi acompanhado por representantes das partes envolvidas no processo do Caso Kiss, incluindo o Ministério Público, a assistência de acusação e as defesas dos quatro réus: Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. O evento ocorreu no plenário de grandes júris da Capital, localizado no 2º andar do Foro Central I (Foro Criminal), e foi presidido pelo Juiz Francisco Morsch.
O magistrado esclareceu que o número inicial de 150 jurados sorteados é uma precaução para garantir que, mesmo com eventuais dispensas previstas em lei ou outras situações, seja possível obter o número necessário, conforme estabelecido pelo Código de Processo Penal, para a realização do julgamento.
O serviço de júri é obrigatório, mas os sorteados têm o direito de alegar justo impedimento. Além do julgamento marcado para 26 de fevereiro, os sorteados também podem ser convocados para outro plenário, previsto para 1º de fevereiro.
Este será o segundo julgamento relacionado ao caso, visto que o primeiro, ocorrido em dezembro de 2020, foi anulado. Os réus Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão serão novamente julgados, após terem sido condenados no julgamento anterior, cuja sentença foi revogada.
Relembre o caso:
A madrugada de 27 de janeiro de 2013 ficou marcada na memória dos brasileiros como um dos dias mais trágicos da história recente do país. A Boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, transformou-se em palco de uma catástrofe que resultou na perda de 242 vidas e deixou centenas de pessoas feridas. O incêndio, desencadeado por um show pirotécnico, espalhou pânico e desespero entre os frequentadores. O número de vítimas, a maioria jovens universitários, gerou comoção nacional e levantou questões urgentes sobre segurança em estabelecimentos comerciais, fiscalização e responsabilidade.
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