O climatério, popularmente chamado de menopausa, representa a transição do período reprodutivo da mulher para o não reprodutivo, que ocorre por volta dos 45 anos e é marcado pela diminuição na produção de hormônios sexuais. Na verdade menopausa é o nome da última menstruação antes do climatério, daí a confusão tão comum. Nesse texto procuro esclarecer questões sobre essa fase da vida e ajudar as mulheres a entender o que está acontecendo com o seu corpo.
Sintomas
Antes de parar de ovular, a mulher passa de dois a cinco anos sofrendo alterações menstruais, como irregularidades no ciclo ou o aumento ou diminuição do fluxo menstrual. Na faixa dos 45 anos, ela precisa estar atenta à ausência de menstruação há um ano ou mais, associada a sintomas como ondas de calor intenso. As ondas de calor são um dos muitos sintomas do hipoestrogenismo, que é a diminuição dos níveis de estrógeno no corpo, o principal hormônio feminino. A real causa dos calores ainda é desconhecida, mas eles atingem de 75% a 85% das mulheres. Manter uma dieta saudável, pouco calórica, com baixo teor de açúcar, e fazer atividade física regular são altamente recomendáveis para amenizar os sintomas da menopausa. Da mesma forma, deve-se evitar o tabagismo e fazer os exames de rotina. É importante também iniciar um acompanhamento geriátrico, para ter um envelhecimento saudável.
Problemas na menopausa
A diminuição dos níveis de estrógeno no organismo traz várias complicações como a osteoporose, devido à perda óssea, incontinência urinária, ganho de peso, alterações de sono, dor de cabeça, ganho de colesterol, insônia e depressão. A maioria desses problemas na verdade já existiam e acabam sendo intensificados na menopausa. Alguns outros hormônios também têm a sua produção diminuída. Sabe-se que, depois da menopausa, a diminuição na produção de colágeno se dá na faixa de 2% ao ano, isso pode causar a queda de cabelo e enfraquecimento das unhas.
Na verdade menopausa é o nome da última menstruação antes do climatério
A fertilidade da mulher
A fertilidade da mulher diminui com o passar dos anos, e a qualidade dos óvulos também. A mulher apresenta uma série de sintomas que, em geral, decorrem da diminuição dos hormônios. A mulher nasce com dois milhões de óvulos imaturos e, a partir a primeira menstruação, ocorre uma perda mensal, de maneira que por volta do 45 anos, a mulher apresenta apenas de oito mil a 10 mil folículos. E, nesse período, eles não estão na sua melhor forma, vamos dizer assim.
Vida sexual
A falta de colágeno provoca a perda da elasticidade e o afinamento da pele na região vaginal externa. Também ocorre uma diminuição da lubrificação vaginal devido à falta de estrógeno. Esses dois fatores podem tornar as relações sexuais incômodas, além de causar sangramentos, infecções, corrimentos e coceiras.
É bom lembrar que a sexualidade vai depender não só das alterações físicas, mas de todos os outros aspectos da vida da pessoa, envolvendo os lados emocional, conjugal, familiar e profissional. Se a vida sexual era satisfatória, dá para mantê-la em um nível com pouca interferência médica. Porém, se a relação já era ruim, com certeza vai piorar com a falta de hormônios. Outra dica importante é que mesmo não havendo mais o risco de engravidar as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) continuam sendo um risco. Por isso, é importante o uso de preservativo na relação sexual.
Alimento mais indicados
Os alimentos ricos em cálcio e vitamina D devem ser consumidos sempre. O cálcio pode ser encontrado em amêndoa, brócolis, couve-manteiga, castanha do pará, leite desnatado e derivados. Já a vitamina D está presente no óleo de fígado de peixe, em peixes gordurosos, como salmão e atum, e em cogumelos e ovos. Outros alimentos, como a soja e algumas ervas, têm sido estudadas para uso no tratamento dos efeitos da menopausa, como alternativa à terapia hormonal com estrógeno que pode causar câncer de mama.
Busque sempre esclarecer suas dúvidas com um profissional de sua confiança!
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