Um morador de Bento Gonçalves, dono do supermercado Nichetti, foi preso durante a Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os atos antidemocráticos que terminaram em distúrbios e depredação em Brasília em 8 de janeiro de 2023. A ação ocorreu nesta segunda-feira, 08, e outras duas pessoas também foram presas.
Os desdobramentos da 23ª etapa da Operação Lesa Pátria movimentaram o Rio Grande do Sul, resultando na prisão de dois gaúchos e em buscas em diversos locais na data que completa um ano da invasão em Brasília. A ação, conduzida por policiais federais, cumpriu um total de 46 mandados judiciais de busca e apreensão, dos quais 13 foram no território gaúcho, especificamente oito na Serra e três na região Noroeste, próxima à Argentina.
Os presos na operação foram identificados como Gilberto Nichetti, de 51 anos, morador de Bento Gonçalves, dono do supermercado Nichetti e apoiador fervoroso do ex-presidente Jair Bolsonaro através das redes sociais; já o segundo detido foi Ronaldo Edison Richard, de 61 anos, residente em Santa Rosa, que já foi candidato a vereador na cidade por três vezes. Ambos foram detidos em flagrante, cada um em seus municípios, por posse irregular de armas de fogo. Além das prisões, determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos preparativos dos atos antidemocráticos ocorridos um ano atrás, os dois também foram alvos de busca e apreensão.
O advogado de Ronaldo, Celso José Braun Ribeiro, afirmou que seu cliente alegou surpresa e explicou que a arma apreendida era uma herança de seu pai. Richard foi solto após pagamento de fiança e responderá em liberdade.
Outro nome envolvido nas buscas é Miguel Fernando Ritter, de 60 anos, sócio proprietário de uma empresa em Santa Rosa. Ritter já havia sido preso em flagrante no Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023, durante atos de depredação, e ficou encarcerado em Brasília até agosto do mesmo ano. A filha de Ritter, Gabriella, que preside a Associação de Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, denuncia que as buscas podem ser represália pelo seu envolvimento na defesa dos presos por suspeita de ataques às sedes dos três poderes em Brasília.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. As apurações indicam que os danos causados ao patrimônio público podem alcançar a cifra de R$ 40 milhões.
As informações são do Portal GaúchaZH.
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