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Diagnóstico da toxoplasmose congênita é incluído no Teste do Pezinho
Exame deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. Embora a maioria das crianças infectadas seja assintomática ao nascer, se não tratadas adequadamente, podem desenvolver sequelas na infância ou na vida adulta
05/01/2024 11h46 Atualizada há 11 meses
Por: Kevin Sganzerla Fonte: Secom RS

O Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul anunciou a ampliação do Teste do Pezinho, realizado em recém-nascidos, passando a incluir a toxoplasmose congênita como uma das sete doenças rastreadas. Essa iniciativa visa identificar precocemente doenças graves que, se não tratadas a tempo, podem causar sérios danos à saúde dos bebês, incluindo retardo mental irreversível.

A toxoplasmose congênita junta-se às já existentes fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. .

Cerca de 85% dos recém-nascidos com toxoplasmose congênita não apresentam sinais clínicos óbvios ao nascer. A doença pode manifestar-se com alterações como restrição do crescimento intrauterino, calcificações cerebrais, dilatação dos ventrículos cerebrais, alterações liquóricas e lesões oculares, principalmente retinocoroidite. Estas manifestações podem ocorrer no período neonatal ou nos primeiros meses de vida, com possíveis sequelas surgindo na adolescência ou idade adulta.

No Rio Grande do Sul, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre, é o serviço de referência em triagem neonatal. Amostras de gotas de sangue do pezinho coletadas dos bebês em todas as unidades de Saúde da Atenção Primária dos municípios são encaminhadas para esse centro.

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O exame deve ser realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. Caso não seja possível realizar o teste nesse período, é recomendado que seja feito em até 30 dias após o nascimento.

A doença:

A toxoplasmose congênita é uma doença infecciosa que ocorre quando há transmissão do toxoplasma gondii para o bebê através da placenta durante a gestação. O risco de transmissão é em torno de 40%, aumentando com o avançar da gestação. Entretanto, a doença é grave quando o feto é infectado no primeiro trimestre de gestação e, geralmente, é leve ou assintomática quando o bebê é infectado durante o terceiro trimestre. As sequelas da doença são, principalmente, lesões oculares, surdez ou, em casos mais graves, microcefalia.

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Embora a maioria das crianças infectadas seja assintomática ao nascer, se não tratadas adequadamente, podem desenvolver sequelas na infância ou na vida adulta. É importante também o monitoramento da saúde da gestante durante o pré-natal, antes das 12 semanas de gestação, pois, quando a mãe é tratada adequadamente, diminui muito a chance de transmissão da toxoplasmose para o bebê.

Outras doenças diagnosticadas no Teste do Pezinho

Nota técnica sobre a inclusão da toxoplasmose congênita no Teste do Pezinho