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Pedido de adiamento do julgamento da Boate Kiss é negado

O júri anterior, que havia condenado os quatro réus em dezembro de 2021, foi anulado. Em setembro, o novo júri foi remarcado para o dia 26 de fevereiro de 2024. A decisão de pedir o adiamento partiu das famílias.

12/12/2023 às 15h48
Por: Renata Oliveira Fonte: GaúchaZH
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Pedido de adiamento do julgamento da Boate Kiss é negado

O juiz de direito Francisco Luís Morsch negou, na tarde desta segunda-feira, 11, o pedido do Ministério Público do Estado (MPRS) e da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) para o adiamento do julgamento dos réus pelo incêndio na Boate Kiss. A decisão ocorreu horas após a formalização do pedido pelo Ministério Público.

O júri anterior, que havia condenado os quatro réus em dezembro de 2021, foi anulado. Em setembro, o novo júri foi remarcado para o dia 26 de fevereiro de 2024. A decisão de pedir o adiamento partiu das famílias e foi acolhida pelo MP, buscando evitar um novo julgamento extenso e doloroso para familiares de vítimas e sobreviventes.

Em sua decisão, o juiz Morsch reconheceu a relevância dos fundamentos apresentados pelos requerentes, mas ressaltou que a lei que determina o prosseguimento do processo deve ser obedecida. Ele destacou que adiar o julgamento poderia resultar em novas intercorrências, sem garantir ganhos significativos, uma vez que o Supremo Tribunal terá a última palavra, independentemente da realização de um novo julgamento.

Em 2021, Elissandro Callegaro Spohr, sócio da Kiss, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão em regime fechado. Mauro Hoffmann, também sócio, recebeu pena de 19 anos e seis meses de prisão. O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e Luciano Bonilha Leão, produtor de palco da banda, foram ambos sentenciados a 18 anos.

Após o pedido de adiamento, o advogado Jean Severo, representante de Luciano Bonilha Leão, emitiu uma nota à imprensa defendendo o encerramento rápido do processo. "Apesar das respeitosas e ponderáveis razões expressadas pelo MPRS e pela AVTSM, a equipe de defesa de Luciano entende que todas as pessoas atingidas pela tragédia merecem que esse processo seja encerrado com a maior brevidade possível", declarou Severo.

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