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Governo realiza cerimônia de premiação dos vencedores do Prêmio Sema - Fepam de Jornalismo Ambiental 2023

Na quinta-feira (23/11), ocorreu a cerimônia de premiação dos vencedores do Prêmio Sema - Fepam de Jornalismo Ambiental 2023, no Espaço Fábrica do ...

24/11/2023 às 17h50
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom RS
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Ação incentiva a divulgação de iniciativas inovadoras e ambientalmente positivas -Foto: Gustavo Mansur/Secom
Ação incentiva a divulgação de iniciativas inovadoras e ambientalmente positivas -Foto: Gustavo Mansur/Secom

Na quinta-feira (23/11), ocorreu a cerimônia de premiação dos vencedores do Prêmio Sema - Fepam de Jornalismo Ambiental 2023, no Espaço Fábrica do Futuro, em Porto Alegre. O evento é uma realização do governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), em parceria com a Secretaria de Comunicação (Secom).

O prêmio reconhece as produções jornalísticas que abordam as boas práticas ambientais. Nesta segunda edição, incentiva a divulgação de iniciativas inovadoras e ambientalmente positivas, para as atuais e futuras gerações, com a temática "Inovação ambiental no presente para o futuro”. Ao destacar inovações ambientais, o jornalismo desempenha um papel crucial na conscientização, educação e promoção de mudanças positivas na forma de interação com o meio ambiente.

“A comunicação é um dos eixos da gestão do governador Eduardo Leite e igualmente relevante para a Sema. Almejamos comunicar bem o nosso papel diante do meio ambiente. Falamos isso para que a sociedade gaúcha reconheça a secretaria como uma importante peça na formulação de políticas públicas que garantem um mundo melhor”, disse a titular da Sema, Marjorie Kauffmann.

"Que essa premiação sirva, também, como meio de aproximação com os veículos de comunicação”, disse Marjorie -Foto: Gustavo Mansur/Secom

“Hoje é motivo de comemoração. Os 156 inscritos deste ano mostram o quanto o nosso prêmio está crescendo. Tivemos um aporte financeiro maior destinado aos vencedores, demonstrando que estamos criando um espaço para novas edições, independente do governo, que seja um prêmio de Estado. Que essa premiação sirva, também, como meio de aproximação com os veículos de comunicação”, concluiu a secretária.

O secretário-adjunto da Secom, Alexandre Elmi, disse sentir orgulho da parceria entre a Sema e a Secom em um projeto que incentiva as produções jornalísticas de boas práticas ambientais, desejando longevidade ao prêmio.

O presidente da Fepam, Renato Chagas, lembrou que, em tempos de farta distribuição de notícias falsas e não checadas, o trabalho da imprensa, principalmente na área ambiental, exige uma apuração séria das informações, para que haja credibilidade dos profissionais envolvidos. “Possuímos uma relação de dependência mútua, na medida em que somos detentores da informação mais técnica, e cabe ao jornalista interpretar e decodificar os dados, para que a população tenha a real compreensão dos fatos”, afirmou.

Presidente da Fepam destacou a importância do trabalho da imprensa na apuração e credibilidade das informações -Foto: Gustavo Mansur/Secom
Presidente da Fepam destacou a importância do trabalho da imprensa na apuração e credibilidade das informações -Foto: Gustavo Mansur/Secom
Diante dos desafios de sustentabilidade global, a relação entre inovação ambiental e jornalismo possui relevância, ainda maior, na medida em que os comunicadores têm o papel de informar o público sobre as inovações e avanços tecnológicos do campo ambiental – como, por exemplo, a produção de uma nova matriz energética ou soluções para a crise climática. No campo da comunicação investigativa, a exposição de práticas prejudiciais ao meio ambiente contribui para incentivar a responsabilidade e a transparência ambiental de governos e sociedade civil, motivando, inclusive, mudanças de políticas públicas e comportamentos.

Para o jornalista Cid Martins, vencedor da categoria Radiojornalismo – com a reportagem “Crimes Ambientais: O preço da multa não paga” –, a premiação é importante por dois aspectos. Além de valorizar o jornalismo factual do dia a dia, ele premia os trabalhos de reportagem que buscam o porquê de determinado fato, aponta as causas e, mais ainda, a prevenção. “O meio ambiente não deve ser pauta somente quando existe um problema. Essa pauta deve ser preventiva, não somente gerenciadora de crises. Deve servir como gestão de prevenção”, completou Martins.

Uma das idealizadoras do prêmio, a jornalista e coordenadora de Comunicação da Sema, Vanessa Trindade, apontou a situação atual que o Estado vive, e reafirmou a valorização do trabalho jornalístico. “Neste momento de eventos climáticos extremos e desastres naturais, é necessário que a informação chegue de forma célere e íntegra até a sociedade gaúcha. Reconhecer, valorizar e premiar o trabalho da imprensa motiva, cada vez mais, a existência perene dessa premiação”, pontuou a coordenadora.

O trabalho da campeã da categoria Jornalismo Impresso, Janaína Wille, retratou o período de estiagem que atingiu o Estado no início deste ano. Apresentou opções de plantações sustentáveis e projetos de proteção de nascentes, para garantir o abastecimento de água na zona rural da região central do Rio Grande do Sul. “Esse reconhecimento nos motiva a continuar em busca de soluções para os efeitos negativos de eventos climáticos extremos. Hoje, presenciamos períodos de enxurradas, mas vivemos muitos períodos recentes de seca e estiagem; portanto, tenho preocupação com o papel que exerço como jornalista”, disse Janaína. “A premiação nos incentiva na busca de soluções e de apontamentos, para melhorar e minimizar esses impactos. Não vamos impedir os acontecimentos, enfim, são questões climáticas, mas buscaremos medidas para mitigar essas ocorrências. Essa foi a razão da minha reportagem”, falou.

Janaína foi a campeã da categoria Jornalismo Impresso, com uma reportagem sobre a estiagem que atingiu o RS no início do ano -Foto: Gustavo Mansur/Secom
Janaína foi a campeã da categoria Jornalismo Impresso, com uma reportagem sobre a estiagem que atingiu o RS no início do ano -Foto: Gustavo Mansur/Secom

As produções foram divididas em categorias de Jornalismo Impresso, Radiojornalismo ou Podcast, Telejornalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo e Jornalismo Universitário. As categorias foram subdivididas em nove microtemas: mitigação das emissões de gases de efeito estufa; agropecuária de baixo carbono; energia limpa e renovável; proteção das espécies nativas do RS; geoparques; educação ambiental; gestão de resíduos; enfrentamento da estiagem; gestão das águas na recuperação dos rios e nascentes. A cada edição, os microtemas são reavaliados e atualizados, conforme assuntos mais recorrentes da sociedade.

A segunda edição recebeu mais de 150 trabalhos inscritos, que foram avaliados e selecionados por uma comissão julgadora composta por 12 profissionais da comunicação e nove técnicos da Sema/Fepam. O julgamento dos trabalhos ocorreu no período de 5 de setembro a 2 de outubro.

Os vencedores receberam certificados, troféus e prêmios em dinheiro que variam de R$ 500 a R$ 6 mil reais, com recursos do Fundo Estadual do Meio Ambiente. Os primeiros, segundos e terceiros colocados de cada uma das categorias profissionais receberam, respectivamente, R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil. A categoria Universitária recebeu R$ 700, R$ 600 e R$ 500 para primeiro, segundo e terceiro colocados.

Como na edição anterior, os troféus entregues foram produzidos por apenados do Complexo Penitenciário de Canoas, numa parceria entre a Sema e a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), consolidando as pautas ambiental e social no uso de mão de obra prisional.

Troféus têm o formato do quero-quero, ave símbolo do Estado -Foto: Gustavo Mansur/Secom
Troféus têm o formato do quero-quero, ave símbolo do Estado -Foto: Gustavo Mansur/Secom

As peças, em formato de quero-quero (ave símbolo do Estado), receberam nomes de ambientalistas gaúchos que contribuíram de diversas maneiras para a preservação e conscientização ambiental no Rio Grande do Sul. São eles: Henrique Luis Roessler, José Lutzenberger e Magda Renner.

O prêmio contou com o apoio institucional da Associação Riograndense de Imprensa (Ari), da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) e da Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos (Arfoc).

Vencedores por categoria

Impresso

  • 1º Famílias e terras fragilizadas pela seca - Janaína Gabriele Wille (Diário de Santa Maria);
  • 2º RS desperdiça quase metade da água antes de chegar ao destino - Marcel Hartmann (Gaúcha ZH);
  • 3º Economia interessada no meio ambiente - Karina Schuh Reif (Correio do Povo).

Radiojornalismo/Podcast

  • 1º Crimes ambientais: o preço da multa não paga - Cid Martins (Rádio Gaúcha);
  • 2º O caminho para o fim do mundo - Geórgia Pelissaro dos Santos (Vós);
  • 3º Vítimas do veneno - Fabrine Fiss Bartz (Rádio Bandeirantes).

Telejornalismo

  • 1º Lixo no Rio Gravataí: como podemos enfrentar o problema do descarte irregular de lixo - Eduardo Bertuol Rosin (RBS TV);
  • 2º Clima extremo - Giulia Perachi (RBS TV);
  • 3º Onças do Yucumã - Everson Luiz Dornelles (RBS TV).

Webjornalismo

  • 1º O gato fantasma do Pampa - Geórgia Pelissaro dos Santos (Vós);
  • 2º Voluntários transformam vivência com natureza em base de dados que aproxima ciência e sociedade - Elstor Hanzen (Jornal da Ufrgs);
  • 3º Centro de triagem do Ibama em Porto Alegre atende até 8 mil animais silvestres a cada ano - Jhully da Costa Pinto (Grupo RBS).

Fotojornalismo

  • 1º Rio de lixo - Mateus Bruxel (Grupo RBS);
  • 2º Um cenário desolador - Mauro Adornes (Correio do Povo);
  • 3º Reduzir, reutilizar e reciclar: o caminho para minimizar o excesso de plástico no ambiente - Mateus Bruxel (Grupo RBS).

Jornalismo Universitário

  • 1º No calor das chamas: o perigo vivido na zona de sacrifício de uma refinaria - João Antônio da Silva Camargo (UFRGS);
  • 2º A natureza morta que reside no coração da cidade - Francisco Mascolo Geyer de Oliveira (PUCRS);
  • 3º Impactos ambientais causados pela instalação da loja Havan em Canoas - Júlia Ozorio de Abreu (UFRGS).

Texto: Ascom Sema
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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LarissaHá 12 meses Rio Grande do SulMuito interessante a premiação na categoria Jornalismo Universitário, especialmente o 3º lugar, ainda mais pela imaginação da premiada, porque a Havan não possui loja em Canoas kkkk
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