Desde o final de setembro, os hospitais Tacchini, em Bento Gonçalves, e São Roque, em Carlos Barbosa, deram um passo significativo no aprimoramento do gerenciamento das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. A conclusão da fase 2 do Sistema de Gerenciamento de Internações em leitos hospitalares, conhecido como Gerint, representa um avanço na transparência e eficácia do controle de dados relacionados aos pacientes da rede pública de saúde.
A fase 1 do Gerint, implementada desde o início da pandemia em 2019, abrangia apenas leitos de UTI Adulto, UTI Pediátrica e UTI Neonatal. Antes disso, a ocupação dos leitos era manual e baseada em planilhas, com trocas de informações via telefone entre o Núcleo Interno de Regulação (NIR) do Tacchini e a Central de Regulação do Estado.
Agora, a fase 2 amplia a abrangência, incluindo os leitos de internação dos hospitais. Dos 263 leitos disponíveis no Hospital Tacchini, 125 são destinados ao SUS, compreendendo 13 leitos de UTI Adulto, 7 de UTI Pediátrica, 7 de UTI Neonatal e 98 leitos de internação. No Hospital São Roque, 42 dos 72 leitos são destinados ao serviço público de saúde, todos de internação.
A coordenadora corporativa de logística e acessos do Tacchini Sistema de Saúde, Caroline Jaskowiak, destaca que a integração dos sistemas proporciona maior transparência dos dados relacionados ao SUS. "A implantação da segunda fase do Gerint, permite que a equipe do governo do estado visualize, em tempo real, dados como o nome do paciente, o leito em que ele está internado, as justificativas para sua internação e a evolução do caso”, descreve Caroline.
O programa agora alimenta em tempo real os dados de internação e prontuário eletrônico até a alta médica, permitindo ainda verificar a lista de espera por vagas dentro de cada hospital. Isso garante à Central Estadual de Regulação um mapa de ocupação atualizado, proporcionando maior eficácia e rapidez em transferências ou busca por vagas em outras instituições.
A coordenadora ressalta que o sucesso da implementação do novo sistema foi possível graças à orientação de hospitais parceiros. “Nosso objetivo final é melhorar o acesso à saúde para toda comunidade. Ampliar a transparência dos dados relacionados aos pacientes SUS faz parte dessa estratégia. E quanto mais instituições conseguirem fazer o mesmo, mais condizente com a realidade será o cenário. Com um panorama completo em mãos, o governo pode fazer o melhor gerenciamento possível dos seus recursos”, completa Caroline.
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