A labirintite em si é uma doença rara e um termo usado erroneamente por muitas pessoas. As pessoas costumam chamar qualquer distúrbio na região do ouvido interno de labirintite, quando o termo correto é “labirintopatia”, sendo que a labirintite é apenas um deles.
Para entender o que é a labirintite, primeiro, vamos entender um pouco da anatomia do nosso ouvido. Ele é composto por três partes: externa, média e interna. A labirintite verdadeira é um processo inflamatório agudo que afeta o labirinto, também chamado de ouvido interno, comprometendo tanto a audição quanto o equilíbrio e podendo levar até mesmo a perda auditiva definitiva, além de zumbidos, plenitude auricular (que ocorre quando a pessoa percebe os sons de maneira abafada), vertigem, náusea, vômitos, distúrbios gastrointestinais, sudorese, entre outros. O diagnóstico é feito por avaliação clínica, exames laboratoriais e exames específicos, além de testes oculares e motores com diversos aparelhos.
O nome se popularizou e muita gente que tem sintomas relacionados ao equilíbrio acha que tem labirintite, mas nem sempre é o que acontece. O que a maioria das pessoas tem são sintomas labirínticos e não a labirintite em si.
Sintomas labirínticos
Grande parte dos distúrbios de equilíbrio é desencadeada por problemas metabólicos provocados por doenças mais prevalentes na população, como hipertensão arterial sistêmica, colesterol alto, doenças hormonais, degenerativas, autoimunes, vasculares e até fatores emocionais.
Mas, como podemos diferenciar uma “crise de labirintite” de uma tontura, por exemplo, causada por qualquer outro motivo? É preciso um exame clínico minucioso com uma anamnese bem feita, isso é o que permite separar um distúrbio de equilíbrio de origem otológica de uma causa não otológica.
Os distúrbios de equilíbrio são muito mais frequentes em adultos e idosos, mas também podem se manifestar em crianças.
Duas das principais doenças do labirinto são a VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), uma vertigem forte mas de curta duração, que geralmente aparece quando a pessoas realiza alguns movimentos, como deitar ou levantar da cama, abaixar ou virar a cabeça para trás e para cima, e a Doença de Meniére, que também é uma vertigem forte mas que pode durar horas ou até dias, sendo que as crises podem incluir sintomas como perda auditiva, náuseas e zumbidos.
De modo geral, pode-se dizer que a grande parte dos distúrbios de equilíbrio compensam e desaparecem, apesar de em determinados casos ficarem sequelas. Para estabelecer um tratamento, é necessário ter um diagnóstico fechado, dependendo da etiologia que gerou o distúrbio de equilíbrio ainda que o tratamentos possíveis podem ser medicamentosos, dentro ou fora das crises,cirúrgicos e de reabilitação vestibular, que busca restabelecer o equilíbrio do paciente.
Pode ser que os distúrbios de equilíbrio tenham causas emocionais, como ansiedade, estresse, depressão e outras doenças orgânicas que comprometem o Sistema Límbico. Nestes casos, pode haver a necessidade de acompanhamento profissional por psicólogos, psiquiatras e psicoterapeutas.
A prevenção dos sintomas labirínticos ocorre no sentido de impedir ou retardar ao máximo os distúrbios de equilíbrio provocados pelas diversas doenças que acometem o seu humano ao longo da vida. Faz parte dessa prevenção uma alimentação equilibrada, sono adequado, evitar bebidas alcoólicas, tabaco, praticar atividades físicas, entre outras ações.
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