Toda criança, assim como todo adulto, fica ansiosa às vezes. Mas, para algumas, a ansiedade pode tornar-se muito forte, impedindo-as de fazer o que gostam.
Uma pesquisa recente da professora Cathy Creswell, da Universidade de Reading, no Reino Unido, demonstrou, no entanto, que há atitudes que os pais podem tomar para ajudar a aliviar a ansiedade dos filhos.
A professora Creswell, que também é autora de vários livros sobre como superar a ansiedade na infância, têm dicas valiosas baseadas em sua pesquisa e em outros estudos sobre ansiedade. Conheça algumas abaixo.
Não diga: 'Não se preocupe! Isso nunca vai acontecer'
Crianças de 4 a 8 anos podem se preocupar com fantasmas, monstros ou animais violentos. Já as mais velhas têm maior probabilidade de temer eventos reais, mas raros, como assassinatos, ações de terrorismo ou guerras nucleares.
Não importa em que faixa etária seu filho esteja, não desconsidere seus medos. Simplesmente dizer que os temores nunca vão acontecer ou sugerir que a criança é boba por se preocupar com aquilo não é útil.
Em vez disso, reconheça que esses medos podem afetar as emoções da criança.
Tente não organizar a vida em torno das preocupações dos seus filhos
Se a criança tem medo de cachorro, por exemplo, não é necessário criar uma rota alternativa para evitar que ela encontre um.
Ao fazer isso, você pode negar a seu filho a chance de aprender a lidar com as situações que mais teme.
Se seu filho tem medo de cachorro, você pode se sentir compelido a atravessar a rua quando um aparecer. Mas a mensagem que isso passa é que eles estão certos em ter medo.
Isso não significa que você deva forçar uma criança a confrontar algo que a apavore, mas sim apoiá-la a se aproximar do objeto de seu medo gradualmente.
Não pule para uma solução - ouça atentamente
A ideia é tentar entender o que eles estão sentindo e quando, mas sem perguntar constantemente como eles se sentem. Ouça-os para descobrir as razões por trás de seus medos.
É tentador aparecer com soluções, mas, em vez disso, escute seu filho enquanto ele explica o que teme que possa acontecer - o grande medo, por exemplo, pode ser baseado em um mal-entendido.
A professora Creswell diz: "Quando eu era pequena, tinha muito medo de entrar em trens de alta velocidade. Eu ficava na plataforma enquanto eles apitavam pela estação e presumia que era assim dentro do trem também".
Você só pode orientar seu filho se souber exatamente o que ele teme.
Faça perguntas para ajudá-los a perceber que suas preocupações podem não ser realistas
Mín. 14° Máx. 25°