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Mortalidade por doenças crônicas é 42% maior na população masculina no RS

Dados levantados também revelam que somente 33% dos atendimentos na Atenção Primária são realizados para homens

08/11/2023 às 07h10 Atualizada em 08/11/2023 às 07h37
Por: Kevin Sganzerla Fonte: Secom RS
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Neste mês de Novembro, o "Novembro Azul" se destaca como um período dedicado à conscientização sobre a saúde masculina. Em um esforço conjunto, a Secretaria da Saúde (SES) está alertando a população para os índices de mortalidade masculina decorrentes de doenças crônicas não transmissíveis. Essa iniciativa visa a promoção da saúde e a prevenção de enfermidades que afetam principalmente os homens.

De acordo com informações fornecidas pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul apresenta um cenário preocupante em relação à taxa de mortalidade prematura, que abrange a faixa etária entre 30 e 69 anos, causada por agravos não transmissíveis, tais como diabetes mellitus, neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas. Os dados revelam que essa taxa é 42% maior para homens em comparação com a população feminina.

Em 2022, a taxa estimada de mortalidade prematura no estado foi de 362,7 para cada 100 mil habitantes, com uma notável disparidade entre os gêneros. Enquanto a taxa para os homens atingiu 427,8 a cada 100 mil habitantes, para as mulheres foi de 300,5 por 100 mil habitantes. Dentre as macrorregiões de Saúde do Estado, a região Sul se destaca com as maiores taxas de mortalidade, tanto para a população masculina (542,6 por 100 mil) quanto para a feminina (392 por 100 mil).

Uma diferença significativa entre os índices de mortalidade masculina e feminina é evidenciada na macrorregião dos Vales, onde a taxa de mortalidade dos homens é 54% maior. Nessa região, a taxa de mortalidade entre os homens atinge 457,9 a cada 100 mil habitantes, enquanto entre as mulheres é de 296,8 por 100 mil habitantes.

Dados por macrorregião -Foto: SIM/MS
Dados por macrorregião / Gráfico: SIM/MS

Baixa procura nos atendimentos

No Brasil, dados levantados até setembro de 2023 sobre a Atenção Primária demonstram que somente 33% dos atendimentos realizados são para homens. No Rio Grande do Sul, o número é de 35%. “A população masculina busca menos os serviços de saúde, o que impacta os dados”, explica a especialista em saúde da Política Estadual de Saúde do Homem da SES, Talita Donatti.

Live

Com o tema “Promoção da Saúde do Homem e divulgação da nota técnica de recomendação pelo não rastreamento populacional do câncer de próstata”, será realizada uma live no dia 10 de novembro, às 14h, com transmissão pelo canal da Universidade de Santa Cruz do Sul no Youtube . O evento terá a participação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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